Conselho de Segurança da ONU condena ataques a embaixadas e consulados
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou neste sábado a onda de ataques a embaixadas e consulados norte-americanos e de aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio, na África e na Ásia. Em nota, a ONU repudia a violência e diz estar preocupada com as suas consequências. No ataque ao Consulado dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, o embaixador e três funcionários morreram.
No comunicado, o Conselho de Segurança destaca a %u201Cnatureza pacífica das instalações diplomáticas". Segundo o órgão, os funcionários de embaixadas e consulados têm o objetivo de promover um melhor entendimento entre países e culturas. %u201CTais ataques são injustificáveis, independentemente de suas motivações%u201D, diz a nota.
O Conselho de Segurança ressalta também o princípio da inviolabilidade da proteção diplomática, de acordo com a Convenção de Viena. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o uso da liberdade de expressão para causar intolerância e derramamento de sangue. "Explorar a raiva das pessoas só alimenta a discriminação e a violência sem sentido."
A onda de violência se agravou nesta sexta-feira quando foram registrados ataques às representações norte-americanas, além das embaixadas da Alemanha e do Reino Unido, no Japão. Houve protestos violentos também em vários países, como o Egito, a Líbia, o Iraque, o Irã e a China, além da Tunísia, de Bangladesh, do Sri Lanka, do Afeganistão e da Austrália.
A série de ataques começou após a divulgação de um filme que satiriza o profeta Maomé e o islamismo. Em quatro dias, a onda de manifestações impulsionada pelos protestos contra o filme atingiu vários continentes.
O governo do Brasil também condenou a onda de violência e apelou para o fim dos ataques. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, apelou para o respeito à inviolabilidade das representações diplomáticas, assim como o Conselho de Segurança fez hoje.