Por sua vez, a explosão de duas bombas na capital, perto de um prédio anexo ao Estado-Maior do Exército e das Forças Armadas, teria sido causada por rebeldes. O grupo opositor Brigada dos Netos do Profeta reivindicou a autoria do ataque e destacou, em sua página na rede social Facebook, que a ação representava uma resposta aos massacres em Daraya (a 7km de Damasco), ocorridos há duas semanas. Na ofensiva, 334 sírios teriam sido assassinados por tropas pró-Assad.
Culpa Samer al-Husain, da agência de notícias Hama, afirma que todos os massacres são deflagrados pelo Exército do regime sírio. “Em seguida, eles culpam os revolucionários, de modo que as pessoas ficam confusas sobre em quem acreditar. O governo tem apoio ilimitado da Rússia, do Irã e da China, além do silêncio de todo o mundo. Por isso, ele não tem medo de punir as pessoas pela revolução”, critica. Al-Husain, que é contra Assad, acredita que o conflito só terá fim se a comunidade internacional forçar a Rússia a não ajudar Damasco: “O governo recebeu mais carregamentos de armas do que de qualquer produto nos últimos 18 meses. Todas foram usadas para matar o povo”.
Ele sugere que os países poderiam ajudar os revolucionários a aumentar seu poder bélico, controlar algumas áreas e começar a libertar o que classifica como “a nova Síria”. “Não digo que a guerra é a melhor solução, mas é a única nas atuais circunstâncias.” O novo mediador internacional para a Síria, o argelino Lakhdar Brahimi, ponderou no sábado que é “inevitável” uma mudança na república árabe, mas não pediu a saída do presidente. A Organização das Nações Unidas estima que mais de 18 mil pessoas foram mortas nos enfrentamentos entre as tropas do governo e os insurgentes, desde março de 2011. O OSDH, por sua vez, afirma que o número de vítimas ultrapassa os 26 mil.