Doze mil trabalhadores de uma mina de ouro sul-africana explorada pelo grupo Gold Fields iniciaram uma greve, declarada ilegal pela justiça, devido a problemas sindicais, informou o grupo que emprega os trabalhadores."Os trabalhadores da seção leste da mina de ouro KDC em West Rand (subúrbio oeste de Johannesburgo), na África do Sul, iniciaram uma greve ilegal que começará no turno da noite de quarta-feira", informou a empresa Gold Fields em um comunicado.

"Com base em relatórios informais dos funcionários, a greve parece estar relacionada a desacordos entre as organizações da mão de obra (os sindicatos, NDLR), apesar de não podermos confirmar", disse o diretor do grupo para a África do Sul, Peter Turner, citado no comunicado.

A companhia Gold Fields, grupo que produz 3,5 milhões de onças de ouro por ano, cotada nas bolsas de Johannesburgo e de Nova York segundo seu site, conseguiu que a justiça proibisse a greve, informa o comunicado.

O grupo explora oito minas situadas na Austrália, em Gana, no Peru e na África do Sul.

A greve ocorre no momento em que o país ainda está abalado com o conflito na mina de platina de Marikana (norte), que deixou 44 mortos, dos quais 34 ultimados pela polícia no dia 16 de agosto.