O documento diz que as armas foram transferidas com o objetivo de pressionar a comunidade internacional, boa parte da qual pede a Assad que deixe o poder. "De acordo com informações que obtivemos, o regime começou a transferir seus estoques de armas de destruição em massa vários meses atrás...com o objetivo de pressionar a região e a comunidade internacional", diz o ELS.
Mas o grupo disse que é impossível acreditar que o regime vá usar essas armas contra o vizinho Israel, que já expressou publicamente suas preocupações sobre o destino dos enormes estoques de armas químicas da Síria.
"O regime que não disparou um projétil sequer contra Israel no curso de três décadas certamente não vai usar armas químicas contra o país", afirma o comunicado.
O regime sírio fez referência a seu estoque de armas químicas pela primeira vez na segunda-feira, quando o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Jihad Makdissi, disse que elas poderiam ser usadas caso haja um ataque externo.
"A Síria não vai usar qualquer arma química ou outras armas não convencionais contra seus civis e vai usá-las apenas em caso de agressão externa", disse Makdissi aos jornalistas.
Israel
Amos Gilad, funcionário de alto escalão do Ministério da Defesa, afirmou nesta terça-feira que o regime Sírio controla totalmente o estoque de armas químicas do país, repudiando as afirmações de que algumas dessas armas para aeroportos nas fronteiras do país.
"Neste momento, o regime sírio está lutando por sua existência, mas todas as suas armas químicas e armas de destruição em massa estão sob total controle doe regime", afirmou Gilad em entrevista à rádio pública.
"O temor é de que se o regime está abalado, seu controle (sobre essas armas) também esteja abalado", disse ele. Gilad disse que os relatos dos rebeldes sírios sobre a transferência desse tipo de armas "não tem significado".