Segundo o Departamento de Justiça, o acordo com a GSK foi o maior da história americana envolvendo irregularidades na área de saúde. O valor é também o mais expressivo envolvendo um laboratório farmacêutico no país. A empresa deverá declarar-se culpada nos tribunais que tratam, separadamente, dos três casos.
Antes da GSK, o recorde estava nas mãos da Pfizer, que fechara um acordo com o governo americano em 2009 para pagar US$ 2,3 bilhões por irregularidades na promoção do analgésico Bextra. "Em nome da GSK, quero expressar o nosso pesar e reiterar que temos aprendido com os erros cometidos. Estamos profundamente empenhados em fazer tudo o que pudermos para fazer jus e até superar as expectativas das pessoas com quem trabalhamos e servimos", afirmou o presidente da empresa, sir Andrew Witty, ao atribuir os problemas à administração anterior.
Compromisso A empresa, entretanto, não admitiu as alegações de irregularidades na venda e divulgação nem na definição de preços nominais do Avandia e de sete outros medicamentos - Lamictal, Zofran, Imitrex, Lotronex, Flovent, Valtrex e Advair. Esses casos também estão apontados nos processos criminais e civis.
De acordo com o vice-procurador-geral dos Estados Unidos, James Cole, o acordo multibilionário não tem precedentes e responde ao compromisso do governo americano de fazer os responsáveis por fraudes na área de saúde pagar pelos seus erros. "Em todos os níveis, nós estamos determinados a parar com práticas que ameaçam a saúde dos pacientes, prejudicam os contribuintes e violam a confiança pública", disse Cole. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.