Porém, as reações às ameaças de Sarkozy foram imediatas – interna e externamente. Em resposta ao discurso do presidente francês, o porta-voz do governo alemão, Georg Streiter, disse que considera o Tratado de Schengen um “bem precioso”.
A comissária europeia das Relações Exteriores, Cecília Malmstrom, disse que negociações sobre o tratado estão em curso há alguns meses entre o Conselho e o Parlamento europeus. Segundo ela, uma possível modificação do texto requer alterações no tratado da União Europeia, do qual a França faz parte.
Para analistas políticos, Sarkozy, segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, atrás do socialista François Hollande, tentou seduzir o eleitorado de extrema direita, propondo que a Europa adote medidas protecionistas.
Sarkozy defendeu que a França, a exemplo dos Estados Unidos, adote o mecanismo que obriga os governos europeus a utilizarem exclusivamente produtos fabricados no bloco em suas compras. O discurso pela “França forte” incluiu ainda um pedido de ajuda ao povo francês para reverter o resultado das pesquisas e garantir o favoritismo.