Todos estes partidos entraram em acordo no dia 19 de fevereiro para apoiar este pastor de 72 anos, que foi defensor dos direitos humanos na antiga Alemanha Oriental.
O Die Linke, criado, entre outros, por antigos comunistas da Alemanha Oriental, se opõe à candidatura de Gauck, que foi, após a reunificação, o primeiro diretor responsável pelos arquivos da Stasi, a polícia secreta da ex-RDA.
Klarsfeld disse estar honrada pela perspectiva de ser eleita, embora tenha informado que não estava totalmente alinhada com a política do Die Linke, em particular porque ela apoia Israel.
Beate Klarsfeld se tornou famosa na Alemanha após ter esbofeteado em 1968 o chanceler democrata-cristão Kurt-Georg Kiesinger, em pleno congresso de seu partido, porque havia pertencido ao partido nacional-socialista de Adolf Hitler.
Nascida com o nome de Beate-Auguste Künzel em 1939 em Berlim, Klarsfeld vive em Paris e dirige com seu marido a associação de filhos e filhas de deportados judeus na França.
A eleição por uma assembleia ad hoc do novo presidente alemão para suceder no posto Christian Wulff, que renunciou no dia 17 de fevereiro acusado de prevaricação, acontecerá no dia 18 de março.