O Irã enviará uma resposta "analítica" a um relatório que sugere que o país busca armas nucleares, disse nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, um dia antes da reunião da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), cujo corpo de 35 dirigentes debaterá a questão na quinta-feira e na sexta-feira em Viena. "Nós decidimos redigir uma resposta analítica e ela será enviada com respostas lógicas e embasadas ao mais recente relatório de Amano (Yukia Amano, dirigente da AIEA)", disse Salehi à televisão estatal iraniana, informou a agência France Presse (AFP). O ministro também afirmou que a resposta será distribuída a todos os países que fazem parte da AIEA e também a organizações internacionais. A AIEA começará a analisar amanhã o relatório divulgado em 8 de novembro, o qual sugere de maneira incisiva que o Irã está pesquisando armas nucleares, embora não diga isso de maneira direta. Os Estados Unidos e seus aliados europeus estão prontos a irem ao encontro em busca de uma declaração que condene o Irã ou que denuncie o país ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), de acordo com um diplomata europeu em Viena que falou sob anonimato. Mas a Rússia e a China são vistas como relutantes em denunciar o Irã ao Conselho de Segurança. Moscou criticou o relatório da AIEA e ligou o documento a informações falsas apresentadas pelos Estados Unidos. Funcionários e políticos israelenses levantaram várias vezes o espectro de uma ação militar contra o Irã, baseados no relatório. Teerã nega categoricamente a busca de armas nucleares. Salehi disse que o relatório da AIEA é "injusto" e comentou também que Amano deu passos arriscados que poderão prejudicar a reputação da AIEA.