A confiança dos argentinos sobre o desfecho das eleições de domingo não depende apenas das pesquisas de opinião. O verdadeiro teste foi em agosto passado, nas primeiras prévias da Argentina. Pela nova lei, os partidos já não decidem sozinhos quem vão lançar como candidatos à Presidência. Agora, são obrigados a submeter suas opções ao eleitorado, que escolhe quem representará a agremiação. Como todos os partidos apresentaram um único candidato, as prévias viraram um plebiscito. A vitoriosa foi, com folga, Cristina Kirchner, que obteve metade dos votos do eleitorado (mais que a soma dos três candidatos mais votados da oposição).
Desde então, a popularidade da presidenta tem aumentado, segundo as pesquisas de opinião. Resta saber quem será o segundo colocado. O único político que parece ter conquistado mais eleitores, desde agosto, é o governador de Santa Fé, Hermes Binner - candidato do Partido Socialista e desconhecido nacionalmente. Tudo indica que ele vai ultrapassar os dois candidatos mais fortes da oposição: Ricardo Alfonsin (filho do ex-presidente Raul Alfonsin) e o ex-presidente Eduardo Duhalde. Em agosto, os dois praticamente empataram nas prévias, com 12% de votos.