O primeiro-ministro interino líbio, Mahmoud Jibril, pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que retire sanções que foram impostas sobre o regime de Kadafi e permita a liberação de bilhões de dólares congelados. Alguns países, como a Itália, obtiveram aprovação para liberar dinheiro ao CNT sob uma base limitada.
"A decisão foi tomada e a autorização já existe" disse Frattini, em coletiva de imprensa com Jibril. "Agora, após o pedido dos nossos amigos líbios, somos capazes de mobilizar o dinheiro para projetos urgentes".
Itália e Líbia dividem uma longa e complicada história. Há apenas pouco mais de um ano, o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi recebeu Kadafi com um suntuoso banquete em Roma. Berlusconi chamou Kadafi de "amigo". Mas neste ano, após a guerra civil líbia ter estourado em fevereiro, a Itália passou a apoiar os insurgentes líbios em Benghazi contra Kadafi, mais tarde se juntando às operações de bombardeio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra as forças do ex-governante.
A Itália foi a metrópole colonial da Líbia entre 1911 e 1943. A partir da década de 1950, os países viraram parceiros comerciais com a Líbia fornecendo grande parte do petróleo refinado na Itália. A petrolífera italiana Eni opera na Líbia desde 1959 e é a maior petrolífera estrangeira no país do Magreb. Antes da guerra civil, a Eni produzia 273 mil barris diários de petróleo na Líbia.