O Brasil afirmou à França que é "incapaz de se comprometer com a compra de aviões de guerra, qualquer um que seja", mas confirmou que se precisasse escolher, o favorecido seria o Rafale.
Este lembrete foi feito durante uma reunião entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente francês Nicolas Sarkozy, na Assembleia Geral das Nações Unidas, informou uma fonte do Palácio do Eliseu.
Na reunião, Dilma repetiu que o Brasil "não está em condições de se comprometer com a compra de aviões de guerra". A Presidência francesa acrescentou que a presidente brasileira confirmou que, caso a situação mude e essa escolha tenha que ser feita, será em favor do Rafale, o avião de combate da Dassault Aviation.
A empresa ainda não conseguiu exportar seu avião de guerra polivalente.
O Rafale é um dos três modelos supersônicos que disputam o Programa F-X2, pelo qual o governo brasileiro irá comprar 36 caças para substituir a atual frota da FAB (Força Aérea Brasileira) a partir de 2016.
Os outros dois modelos presentes na licitação do governo são o americano F-18 E/F, da Boeing, e o sueco Gripen NG, da Saab. O contrato para a venda dos caças pode chegar a R$ 6,7 bilhões.
Dos três concorrentes ao F-X2, o Rafale foi o único que ofereceu proposta de transferência de tecnologia irrestrita ao Brasil e às empresas envolvidas na fabricação, por meio de projetos de offsets (cooperação).
A licitação para a compra das aeronaves foi aberta no governo Lula. Na época, o ex-presidente afirmou ter preferência pelo modelo francês por conta da possibilidade de transferência de tecnologia.