Cerca de 3.000 pessoas morreram durante os ataques do 11 de Setembro, assumidos pela Al-Qaeda e praticados por terroristas suicidas que tomaram o comando de quatro aviões de carreira. Dois aparelhos foram projetados contra as torres gêmeas de Nova York; um terceiro, contra o Pentágono, em Washington; o quarto acabou caindo num campo.
No dia 7 de outubro seguinte, os Estados Unidos desencadeavam uma ofensiva contra o Afeganistão para tentar encontrar aí o cérebro dos ataques, Osama bin Laden, e derrubar o regime talibã afegão que se recusara a entregá-lo.
Em Bagram, um pedaço da viga metálica do World Trade Center, com a data 11/09/2001 gravada, e no qual está hasteada uma pequena bandeira americana, foi colocado diante do principal quartel-general da base. Naquele dia, o capitão John Salazar, um nova-iorquino do Brooklyn, saía do metrô em Manhattan quando viu as torres gêmeas em fogo, ouvindo, em seguida, o estrondo pavoroso de seu desmoronamento e a subida para os céus de uma "nuvem" de cinzas. Um de seus colegas do liceu perdeu a vida ali.
Estudava e era já reservista na época, mas foi certamente, o dia 11 de Setembro que o conduziu ao Afeganistão. O 11 de Setembro "é um dos momentos determinantes de minha vida, não há nenhuma dúvida quanto a isso (...) o que aconteceu, então, levou minha vida a uma trajetória totalmente diferente", explicou o capitão Salazar, de 36 anos.
"Estou no Afeganistão e isso, talvez, não acontecesse" se não fossem os atentados, prosseguiu. "Quando desembarquei no país, no dia 24 de junho de 2010, refleti sobre o meu destino, vivi isso como uma redenção, porque eu era capaz, enfim, de fazer alguma coisa", acrescentou.
No dia 11 de setembro de 2001, "não sabia muito sobre o Afeganistão e os talibãs eram um mistério", lembrou-se ele. Dez anos após os atentados, o exército americano continua a enfrentar os talibãs, cuja insurreição não 'cessou de se intensificar e estender.