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Estado de Minas MANIFESTAÇÃO

Chile parcialmente paralisado em primeiro dia de greve nacional

Greve de 48 horas foi chamada pela maior central sindical do país, confrontos ocorrem em boa parte de Santiago


postado em 24/08/2011 17:43 / atualizado em 24/08/2011 17:52

Estudantes enfretam policiais da tropa de choque durante greve de trabalhadores em Santiago, no Chile(foto: AFP PHOTO/MARTIN BERNETTI )
Estudantes enfretam policiais da tropa de choque durante greve de trabalhadores em Santiago, no Chile (foto: AFP PHOTO/MARTIN BERNETTI )


O Chile estava parcialmente paralisado nesta quarta-feira, com barricadas em algumas avenidas, prédios públicos e parte do comércio fechado. Manifestantes realizaram diversos confrontos com a polícia, no primeiro dia de greve nacional de 48 horas convocada pela maior central sindical do país, a Central Unificada dos Trabalhadores (CUT).

As reivindicações vão desde a redução dos preços dos combustíveis até uma reforma na Constituição, passando por uma mudança no Código de Trabalho. Além disso, especula-se sobre a possibilidade de a greve se transformar em um levante generalizado para derrubar o governo do direitista Sebastián Piñera.

A greve obteve a adesão de sindicatos, estudantes, professores, partidos políticos de esquerda e até mesmo de algumas empresas privadas. O país vive há mais de três meses uma greve de estudantes e professores do ensino médio e universitário, que pedem educação pública gratuita e de qualidade.

O movimento teve início pela manhã, com manifestantes colocando fogo em pneus e pedaços de madeira para bloquear as vias mais importantes de Santiago, como a Avenida Alameda, principal artéria da cidade. Ao mesmo tempo, saída de ônibus em alguns pontos da periferia da cidade foram impedidos. Em pelo menos três pontos da cidade, a polícia teve que usar jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes que tentavam bloquear o trânsito.

Segundo o presidente Piñera, a intenção da greve foi única e exclusivamente causar danos ao Chile. "Vimos hoje o uso equivocado de um instrumento legítimo de protesto, que poderia ter sido substituído por diálogo e acordos", disse. "Quando se tenta paralisar um país inteiro, todos saem perdendo", completou.

A Associação Nacional de Funcionários Públicos (Anef, na sigla em espanhol) calculou uma adesão de 80% da classe. "O governo está empenhado em aparentar normalidade, quando todo o país sabe que não há normalidade hoje", afirmou Arturo Martínez, presidente da CUT, que reúne 10% da força de trabalho nacional.


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