O chefe da diplomacia egípcia, Mohamed Amro, se disse neste domingo "indignado" com o comunicado emitido na véspera pelo Quarteto para o Oriente Médio que "ignorou a morte de policiais egípcios" e fez referência à situação no Sinai, "um assunto interno" egípcio.
Durante um encontro com o enviado especial da ONU à região, Robert Serry, o chanceler egípcio disse estar "indignado com o comunicado do Quarteto que ignorou as vítimas egípcias e conversou sobre a situação de segurança no Sinai de uma maneira insatisfatória para o Egito", declarou à imprensa o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Menha Bajum.
Amro ressaltou que "o Egito considera que a segurança no Sinai é um assunto interno e não deve aparecer em comunicados semelhantes", acrescentou o porta-voz.
Em um comunicado emitido no sábado pelo Quarteto para o Oriente Médio, formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU, o grupo advertiu para o "risco de uma escalada" da violência após vários dias de enfrentamentos entre Israel e os palestinos de Gaza e pediu "moderação" para ambos os lados.
Neste mesmo comunicado, o Quarteto pediu que "o governo egípcio encontre uma solução definitiva para a questão da segurança no Sinai".
O Conselho Supremo das Forças Armadas, no poder no Egito, divulgou um comunicado este domingo no qual manifestou a sua "rejeição a qualquer ingerência de qualquer parte e na segurança do Sinai".