Na atual corrida eleitoral um dos dois partidos mais populares é o da Lei e Justiça, de centro-direita e chefiado pelo irmão gêmeo do presidente morto, Jaroslaw Kaczynski. O partido, conservador e nacionalista, culpa o governo do primeiro-ministro Donald Tusk pelo desastre, afirmando que procedimentos falhos na segurança aérea levaram ao acidente que matou o ex-presidente.
Um relatório do governo polonês divulgado na semana passada afirma que falhas na segurança aérea e treinamento deficiente dos pilotos militares estão entre as causas do acidente. Jaroslaw Kaczynski disse na quarta-feira que essas conclusões podem significar "um enorme indiciamento contra Tusk".
As pesquisas de intenção de voto, contudo, indicam que o partido centrista Plataforma Civil, de Tusk, ainda tem boas chances de manter o poder, com 40% da preferência do eleitorado. Se vencer, a Plataforma Civil será o segundo governo na Polônia, desde a queda do comunismo em 1989, a cumprir uma mandato inteiro de quatro anos. Todos os outros governos entraram em colapso antes do fim de mandato e tiveram que antecipar eleições. Desde que foi eleito em 2007, Tusk se preocupou em cultivar boas relações com a Alemanha e a Rússia, dois vizinhos com os quais a Polônia tem uma história conturbada.
O partido da Lei e Justiça de Kaczynski tem cerca de 30% das intenções de voto, indicam várias pesquisas. O partido atrai o voto dos poloneses nacionalistas e religiosos, bem como de pessoas idosas que vivem em áreas rurais.