Centenas de manifestantes passaram a acampar na praça Tahrir do Cairo em 8 de julho, exigindo agilidade nos processos judiciais contra Mubarak e os ex-funcionários.
Se condenados nas acusações pelas mortes, Mubarak, de 83 anos, El-Adly e outros seis ex-funcionários poderão ser sentenciados à morte. Mubarak está desde fevereiro em prisão domiciliar no resort de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho. Os filhos do ex-mandatário estão detidos numa prisão do Cairo, enquanto El-Adly já cumpre uma sentença de 12 anos de prisão por corrupção. El-Adly era responsável por uma enorme força de 500 mil policiais, alguns dos quais são acusados das piores atrocidades durante os 29 anos de governo autoritário de Mubarak.
O empresário Hussein Salem, um confidente e amigo de Mubarak, também será julgado no caso de corrupção. Salem está foragido na Espanha e as autoridades egípcias pediram a Madri a extradição do empresário. Salem é acusado de usar sua amizade com Mubarak para obter ganhos ilegais no mercado imobiliário, comprando propriedades e terras do governo a preços menores que a média e obter lucrativos contratos de obras estatais sem licitação.