Em geral, a droga é fabricada com base em duas substâncias: a metilenodioxipirovalerona (MDPV) e a mefedrona. A primeira é uma substituta química da catinona, composto estimulante do khat, uma planta do norte da África cuja venda é ilegal nos EUA, mas usada em vários países como base de defensivos agrícolas ou repelente de insetos.
Apesar das proibições nos 28 Estados, o acesso à droga é fácil no país. Pode ser encontrada na internet, em lojas de conveniência e até entre os verdadeiros sais de banho, com sugestivos nomes: Pomba Vermelha, Seda Azul, Zoom, Nuvem Nove, Neve Oceânica, Onda Lunar, Céu de Baunilha e Furacão Charlie.
Usuários têm sido levados aos prontos-socorros por comportamento violento, pressão sanguínea elevada, alucinações e crises paranoicas. Geralmente, são internados no setor psiquiátrico.
Brasil
Por aqui, a mefedrona é conhecida como miau-miau e, segundo Reinaldo Correa, delegado da divisão de Prevenção e Educação do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), é utilizada em clubes noturnos. “Só não podemos apreender, porque a droga não consta como substância proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, afirma.
Segundo Correa, o defensivo agrícola recomendado para o uso em jardinagem doméstica costuma ser consumido em cápsulas ou injetado na veia. O efeito é parecido com o do ecstasy. Dentre os efeitos colaterais estão palpitações, náusea, insônia e sangramento que pode levar à morte.