O assassinato aconteceu pouco antes do presidente afegão receber o colega francês, Nicolas Sarkozy, que faz uma visita não anunciada ao Afeganistão e durante a qual anunciou que a França retirará mil de seus 4.000 militares do país até o fim de 2012. Um membro da agência de inteligência afegã (NDS) que pediu anonimato afirmou à AFP que Sardar Ahmad era amigo de Ahmed Wali Karzai. m"Ele visitou Wali em sua residência. Estavam sozinhos em um cômodo, ele sacou a pistola e o matou. Os seguranças entraram no local e mataram Sardar", declarou a fonte da NDS.
Ahmed Wali Karzai foi acusado várias vezes nos últimos anos pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos e a imprensa deste país de corrupção e ligação com o narcotráfico. Sempre negou as acusações e afirmava que não existiam provas contra ele. "Se alguém tiver provas ou documentos contra mim, que os apresente e eu estarei disposto a comparecer a um tribunal", declarou, depois de ter sido acusado pelo jornal americano New York Times.
As acusações foram reiteradas por telegramas diplomáticos confidenciais redigidos na embaixada americana de Cabul e divulgados pelo site Wikileaks. A província de Kandahar, na fronteira com o Paquistão, é uma área histórica dos talibãs e uma das regiões mais instáveis do Afeganistão. Em maio de 2009, Ahmed Wali Karzai anunciou que havia escapado ileso de uma emboscada contra seu comboio na província de Cabul.