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Estado de Minas

Jornalista é torturado até a morte no Paquistão após relacionar Marinha e Al-Qaeda


postado em 01/06/2011 16:53

Saleem Shahzad foi torturado e morto(foto: REUTERS/Family Handout)
Saleem Shahzad foi torturado e morto (foto: REUTERS/Family Handout)
Parentes de um jornalista torturado e assassinado no Paquistão exigiram nesta quarta-feira que as autoridades locais investiguem o caso. O desaparecimento do jornalista é atribuído aos serviços de inteligência do país. Saleem Shahzad, pai de três filhos, sumiu após deixar sua casa em Islamabad para participar de um programa televisivo, dois dias após escrever uma reportagem sobre vínculos entre elementos da Marinha e membros da Al-Qaeda. Shahzad fez carreira escrevendo sobre as várias redes islamitas que operam no Paquistão. Antes de desaparecer, informou grupos de defesa dos direitos humanos de que havia sido ameaçado pela poderosa Inter-Services Intelligence (ISI), a principal agência do serviço secreto paquistanês. O corpo dele foi encontrado na terça-feira, 150 quilômetros a sudeste de Islamabad. A polícia afirmou que havia marcas de tortura. "A causa da morte é tortura e há vários sinais de tortura em seu corpo e no rosto", afirmou Ashok Kumar, um dos médicos que realizaram a autópsia no Instituto de Ciência Médica do Paquistão. Outro médico relatou que os pulmões e o fígado de Shahzad haviam sido perfurados e o corpo tinha mais de 15 sinais de agressão. O ministro do Interior, Rehman Malik, confirmou que uma investigação sobre o caso foi ordenada. Ele disse que há uma recompensa de quase US$ 30 mi (R$ 47 mil)l para quem tiver pistas que esclareçam o caso. Shahzad trabalhava para a agência de notícias italiana Adnkronos (AKI) e para o site de notícias Asia Times Online, registrado em Hong Kong. Em 2006, ele foi sequestrado pelo Taleban no sul do Afeganistão, acusado de ser um espião. Na ocasião, foi libertado sete dias depois. A entidade Repórteres Sem Fronteiras afirma que 16 jornalistas foram mortos desde o início de 2010 no Paquistão. O país está em 151º lugar no quesito liberdade de imprensa, em uma lista com 178 nações. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, condenou o assassinato e afirmou que o trabalho do repórter sobre temas de terrorismo e espionagem "trouxe à luz os problemas que o extremismo representa para a estabilidade do Paquistão". As informações são da Dow Jones.


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