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Estado de Minas

Chefe do FMI é tirado de avião e detido sob acusação de abusar de camareira de hotel


postado em 15/05/2011 07:56 / atualizado em 15/05/2011 09:43



O francês Dominique Strauss-Kahn agora se vê envolvido em escândalo sexual(foto: REUTERS/Benoit Tessier/Files)
O francês Dominique Strauss-Kahn agora se vê envolvido em escândalo sexual (foto: REUTERS/Benoit Tessier/Files)
O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, foi detido na noite deste sábado pela polícia de Nova York sob a acusação de atacar sexualmente a camareira de um hotel. Strauss-Kahn, 62 anos, foi retirado pela polícia de um avião da Air France no aeroporto JFK poucos minutos antes de ele partir para Paris.

A polícia diz que ele enfrenta três acusações, incluindo tentativa de estupro. Seu advogado negou as acusações contra ele. O ex-ministro das Finanças francês, que é casado, vinha sendo considerado como um possível candidato à Presidência da França pelo Partido Socialista.

O correspondente da BBC Hugh Schofield, em Paris, diz que Strauss-Kahn vinha atingindo bons índices de intenção de voto nas pesquisas e era visto como um concorrente capaz de derrotar o presidente Nicolas Sarkozy nas urnas no ano que vem. No entanto, este incidente deve provavelmente matar qualquer chance de sucesso eleitoral de Strauss-Kahn.

Encontros cancelados

O chefe do FMI deverá comparecer perante um tribunal estadual de Nova York ainda neste domingo para depor. Ele tinha programado se encontrar com a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, neste domingo, mas a reunião foi cancelada após a prisão.

Na segunda-feira, ele participaria de uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia, em Bruxelas, para discutir os pacotes de resgate a Portugal e à Grécia. Analistas dizem que sua detenção poderá complicar os esforços em andamento para estabilizar as finanças de Estados membros da zona euro que enfrentam problemas financeiros.

Em um breve comunicado colocado na internet neste domingo, uma porta-voz do FMI confirmou a prisão de Strauss-Kahn e disse que a organização não comentaria o caso. “O FMI permanece funcionando normalmente e totalmente operacional”, disse a porta-voz.

Prisão dramática

A prisão de Dominique Strauss-Kahn ocorreu de forma dramática quando ele estava prestes a voar para a Europa. Um porta-voz da polícia de Nova York, Paul Browne, disse à BBC que Strauss-Kahn havia sido acusado de cometer um ato sexual criminoso, tentativa de estupro e prisão ilegal.

Browne disse que as acusações foram feitas por uma mulher de 32 anos de idade que trabalha como camareira no hotel Sofitel, perto de Times Square, onde o chefe do FMI se hospedava.

"Recebemos uma denúncia de que uma camareira em um hotel no centro de Manhattan tinha sido abusada sexualmente pelo ocupante de uma suíte de luxo naquele hotel, e que este indivíduo tinha fugido", Browne disse à BBC.

"A camareira disse ter sido atacada violentamente, trancada no quarto e abusada sexualmente", disse ele.
Quando a polícia descobriu que o ocupante do quarto – descrito pelo jornal The New York Times como uma suíte de luxo que custa US$ 3 mil por noite – era Strauss-Kahn, o chefe do FMI já estava a bordo de um avião prestes a decolar para Paris.

“Nossos investigadores pediram às autoridades aeroportuárias que impedissem o avião de partir, foram até o aeroporto e o levaram sob custódia”, afirmou Browne.

“Se tivéssemos demorado mais dez minutos, ele já estaria voando a caminho da França”, disse. Segundo Browne, a camareira foi atendida em um hospital para o tratamento de pequenos ferimentos. Ele disse que parece que Strauss-Kahn deixou o hotel “às pressas”, deixando para trás seu telefone celular e outros pertences pessoais.

'Erro de julgamento'

Strauss-Kahn concorreu para a liderança do Partido Socialista Francês em 2006, mas foi derrotado por Ségolène Royale, que foi depois derrotada por Sarkozy nas últimas eleições presidenciais, em maio de 2007.

Strauss-Kahn foi então nomeado diretor-gerente do FMI em setembro de 2007, com o apoio de Sarkozy. Ele ganhou elogios por sua atuação à frente do FMI, que dirigiu durante momentos difíceis, incluindo a recente crise financeira global.

Mas em 2008 ele foi investigado pelo conselho do FMI sobre o seu relacionamento com uma mulher que fazia parte de sua equipe. O conselho determinou que suas ações "refletiram um sério erro de julgamento", mas que o relacionamento com a mulher havia sido consensual.

Ele pediu desculpas aos funcionários do FMI e à sua mulher, a apresentadora de TV francesa Anne Sinclair.
Strauss-Kahn ainda não havia anunciado se pretendia se candidatar nas eleições presidenciais francesas em 2012, mas a maioria dos analistas e da classe política francesa esperava que o fizesse.


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