A Justiça japonesa condenou nesta quinta-feira à morte por enforcamento um jovem de 28 anos que matou sete pessoas em um ataque de fúria no bairro de Akihabara, em Tóquio, no dia 8 de junho de 2008.
Após anunciar suas intenções em um fórum na internet, Tomohiro Kato atropelou cinco pedestres com um caminhão de pequeno porte, matando três deles, e depois esfaqueou 12 pessoas, matando mais quatro.
O caso ganhou destaque na mídia japonesa nesta sexta-feira, em meio às notícias sobre a crise nuclear e o terremoto e o tsunami que devastaram a região nordeste do país. Os canais de tevê relembraram o episódio, que chocou os japoneses, e os jornais destacaram a condenação na primeira página. “Foi um ato desumano e cruel. Não é exagero dizer que todo o Japão ficou chocado com o fato”, disse o juiz Hiroaki Murayama, que anunciou a sentença.
A defesa sugeriu que Kato tinha problemas mentais e que não tinha como assumir a responsabilidade pelo crime. Além disso, no dia do atentado, ele teria perdido parte da memória. “Agora acho que não deveria ter cometido o crime e me arrependo do que fiz. Peço perdão às vítimas, suas famílias e às pessoas que ficaram feridas”, disse Kato no final do julgamento.
De acordo com informações da agência de notícias Kyodo, a corte concluiu que o assassino ficou irritado depois que os integrantes do fórum na internet do qual participava, único lugar que sentia fazer parte de um grupo, passaram a assediá-lo na tentativa de que parasse com as postagens.
Neste site, ele escrevia mensagens nas quais reclamava do trabalho e falava da intenção de cometer o crime.
“Kato queria dizer às pessoas para parar de persegui-lo”, concluiu a corte. “A perda da família, dos amigos e do trabalho deram a ele um forte senso de isolamento”, acrescentou.
Crime premeditado
Na manhã do domingo, dia 8 de junho de 2008, Kato viajou os quase cem quilômetros que separam sua cidade, Shizuoka, da capital com um caminhão alugado.
Ele seguiu para Akihabara, onde avançou com o veículo contra os pedestres nas ruas, fechadas ao tráfego no domingo. Em seguida, desceu do carro armado com uma faca e esfaqueou várias pessoas. No total sete pessoas morreram e dez ficaram feridas.
Antes do ataque, Kato teria dado detalhes de como mataria as pessoas. “Baterei meu carro e, quando ele não puder mais ser usado, usarei uma faca. Adeus a todos”, escreveu.
Minutos antes de jogar o caminhão contra a multidão, ele postou a última mensagem: “Chegou a hora”.
Quando foi detido por policiais, ele teria dito que estava “cansado do mundo”. “Vim a Akihabara para matar gente. Qualquer um estava bom. Vim sozinho”, falou Kato, segundo o porta-voz do departamento da Polícia Metropolitana de Tóquio.
Akihabara é um dos bairros mais conhecidos de Tóquio por suas lojas de eletrônicos, de animes e mangás, além de cafés e lanchonetes temáticos.
Depois do incidente, as ruas foram reabertas para trânsito de veículos nos finais de semana. Em janeiro deste ano, a associação local voltou a fechar as ruas principais para o público no sábado e no domingo, mas com algumas restrições.
Na última década, houve vários atentados a faca no Japão. Em 2008, uma pessoa morreu e outras sete ficaram feridas depois que um homem invadiu um shopping center com duas facas.
Em um outro episódio, em 9 de junho de 2001, um japonês com histórico de doenças mentais invadiu uma escola primária e matou a facadas oito crianças. Ele foi executado em 2004.
Após anunciar suas intenções em um fórum na internet, Tomohiro Kato atropelou cinco pedestres com um caminhão de pequeno porte, matando três deles, e depois esfaqueou 12 pessoas, matando mais quatro.
O caso ganhou destaque na mídia japonesa nesta sexta-feira, em meio às notícias sobre a crise nuclear e o terremoto e o tsunami que devastaram a região nordeste do país. Os canais de tevê relembraram o episódio, que chocou os japoneses, e os jornais destacaram a condenação na primeira página. “Foi um ato desumano e cruel. Não é exagero dizer que todo o Japão ficou chocado com o fato”, disse o juiz Hiroaki Murayama, que anunciou a sentença.
A defesa sugeriu que Kato tinha problemas mentais e que não tinha como assumir a responsabilidade pelo crime. Além disso, no dia do atentado, ele teria perdido parte da memória. “Agora acho que não deveria ter cometido o crime e me arrependo do que fiz. Peço perdão às vítimas, suas famílias e às pessoas que ficaram feridas”, disse Kato no final do julgamento.
De acordo com informações da agência de notícias Kyodo, a corte concluiu que o assassino ficou irritado depois que os integrantes do fórum na internet do qual participava, único lugar que sentia fazer parte de um grupo, passaram a assediá-lo na tentativa de que parasse com as postagens.
Neste site, ele escrevia mensagens nas quais reclamava do trabalho e falava da intenção de cometer o crime.
“Kato queria dizer às pessoas para parar de persegui-lo”, concluiu a corte. “A perda da família, dos amigos e do trabalho deram a ele um forte senso de isolamento”, acrescentou.
Crime premeditado
Na manhã do domingo, dia 8 de junho de 2008, Kato viajou os quase cem quilômetros que separam sua cidade, Shizuoka, da capital com um caminhão alugado.
Ele seguiu para Akihabara, onde avançou com o veículo contra os pedestres nas ruas, fechadas ao tráfego no domingo. Em seguida, desceu do carro armado com uma faca e esfaqueou várias pessoas. No total sete pessoas morreram e dez ficaram feridas.
Antes do ataque, Kato teria dado detalhes de como mataria as pessoas. “Baterei meu carro e, quando ele não puder mais ser usado, usarei uma faca. Adeus a todos”, escreveu.
Minutos antes de jogar o caminhão contra a multidão, ele postou a última mensagem: “Chegou a hora”.
Quando foi detido por policiais, ele teria dito que estava “cansado do mundo”. “Vim a Akihabara para matar gente. Qualquer um estava bom. Vim sozinho”, falou Kato, segundo o porta-voz do departamento da Polícia Metropolitana de Tóquio.
Akihabara é um dos bairros mais conhecidos de Tóquio por suas lojas de eletrônicos, de animes e mangás, além de cafés e lanchonetes temáticos.
Depois do incidente, as ruas foram reabertas para trânsito de veículos nos finais de semana. Em janeiro deste ano, a associação local voltou a fechar as ruas principais para o público no sábado e no domingo, mas com algumas restrições.
Na última década, houve vários atentados a faca no Japão. Em 2008, uma pessoa morreu e outras sete ficaram feridas depois que um homem invadiu um shopping center com duas facas.
Em um outro episódio, em 9 de junho de 2001, um japonês com histórico de doenças mentais invadiu uma escola primária e matou a facadas oito crianças. Ele foi executado em 2004.