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Estado de Minas

Obama evita apoio explícito ao Brasil no CS da ONU


postado em 19/03/2011 14:28

(foto: REUTERS/Jason Reed )
(foto: REUTERS/Jason Reed )

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em seu discurso no Palácio do Planalto, em Brasília, disse neste sábado que "os Estados Unidos vão continuar trabalhando junto com o Brasil e com outras nações nas reformas que vão tornar o Conselho de Segurança da ONU mais eficaz, eficiente e representativo para poder levar adiante nossas visões compartilhadas de um mundo mais seguro e pacífico". Essa foi a única manifestação pública do presidente americano em relação ao pleito do Brasil de obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Poucos minutos antes, em discurso ao lado do presidente Obama, a presidente Dilma Rousseff reforçara essa intenção. "Não nos move o interesse menor de ocupação burocrática do espaço de representação. O que nos mobiliza é a certeza de que um mundo mais multilateral produzirá benefícios para a paz e harmonia entre os povos", disse Dilma.

A presidente destacou o forte valor simbólico da visita do presidente Obama ao Brasil, logo no início do governo dela, e chamou atenção para o fato de as duas maiores democracias da América terem ousado levar um afrodescendente e uma mulher aos seus mais altos postos.

Dilma dedicou boa parte de seu discurso a ressaltar a cooperação histórica entre os dois países, destacando as áreas de educação e inovação como questões-chave nas futuras parcerias. Mas não se furtou a citar pontos críticos da relação entre as duas nações, como o protecionismo americano em relação a produtos exportados pelo Brasil, como etanol, suco de laranja e algodão, ou sobre os desequilíbrios nos mercados de moedas provocados pelos esforços dos EUA em se recuperarem da crise financeira global. Dilma também levantou preocupação com a lentidão das reformas dos organismos multilaterais. Mas Obama evitou esses temas ao discursar posteriormente.

Obama ressaltou a amizade de mais de dois séculos entre os dois países, o crescimento econômico e a posição de liderança mundial alcançada pelo Brasil, que, segundo ele, passou de receptor de ajuda externa a doador. O presidente dos EUA disse também que seu país quer ser "um grande cliente" de fontes de energia, citando as novas descobertas de petróleo no Brasil e o interesse de ambos os países em energia limpa.

Líbia

O presidente Obama disse que os EUA estão dispostos a agir e "de forma urgente" para a proteção do povo da Líbia e mencionou que após a aprovação por parte da ONU do emprego de "todos os meios necessários" para garantir a segurança dos civis, a secretária de Estado, Hillary Clinton, se juntou a uma coalizão internacional para discutir a aplicação da resolução.


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