O posto ficava perto de um edifício de escritórios do governo central e de "agências sensíveis" do Estado, segundo Sheema. "Agências sensíveis" designam em geral os poderosos serviços secretos.
Os canais de televisão exibiram imagens do posto e de vários prédios ao redor completamente destruídos pela explosão. Socorristas e pedestres tentavam retirar as vítimas dos escombros.
"Ainda há pessoas presas nos escombros, estamos utilizando gruas e outras máquinas para retirá-las", declarou Geo Tahir Husain, chefe da administração do município. O Paquistão enfrenta uma onda sem precedente de atentados, essencialmente cometidos por homens-bomba dos talibãs aliados da Al-Qaeda, que deixaram mais de 4 mil mortos em três anos e meio.
Em 2007, os talibãs e outros grupos extremistas aliados decretaram, assim como Osama Bin Laden, a jihad (guerra santa) contra Islamabad por seu apoio à "guerra contra o terrorismo" praticada desde o fim de 2001 por Washington. Os atentados geralmente têm como alvo as forças de segurança - exército, polícia, serviços secretos -, mas nos últimos meses passaram a apontar cada vez mais contra alvos civis.
Na sexta-feira passada, durante a grande oração, 11 pessoas morreram em um atentado em uma mesquita de Nowshera (noroeste), perto das zonas tribais na fronteira com o Afeganistão, reduto do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP), que se uniu à Al-Qaeda em 2007.
O TTP alega que os atentados contra as forças de segurança são uma represália às ofensivas do exército e aos disparos quase diários de mísseis contra os dirigentes da Al-Qaeda e os talibãs paquistaneses e afegãos por aviões teleguiados da CIA nas zonas tribais.