A carioca Carla Landa Miller, que mora há 8 anos em Christchurch com o marido Michael, estava colocando o filho Raphael, de 3 meses, para dormir quando ouviu um estrondo. Em seguida, tudo começou a tremer e a cair das prateleiras e dos armários.
Em entrevista à BBC Brasil, ela contou que agarrou o filho e se dirigiu para baixo do batente de uma porta - ação que especialistas aconselham a ser tomada durante um terremoto. Ainda assim, ela conta ter ficado apavorada. “O chão saía debaixo dos meus pés, parecia que ele estava solto, é horrível! Eu só queira sair de casa, mas estava de pijama.”
A cidade foi sacudida nesta terça-feira a partir das 12h51 locais (20h51 de segunda-feira em Brasília) por três tremores fortes: o maior de 6,3 graus de magnitude e que deve ter durado um minuto, e outros dois de menor intensidade, um de 5,5 e outro de 4,2 graus.
Tremores
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Terremoto na Nova Zelândia deixa ao menos 65 mortos Sobe a 75 total de mortos em terremoto na Nova ZelândiaItamaraty se solidariza com a Nova Zelândia por causa de terremotoCerca de 100 pessoas estão sob os escombros na Nova ZelândiaSó depois de alguns minutos, Carla consegui entrar em casa de novo. Em seguida, o marido Michael ligou avisando que estava bem e que estava retornando para casa, mas disse que o centro da cidade estava bastante destruído e que tinha visto muita gente ferida.
Carla aproveitou para ligar para as amigas brasileiras que vivem em Christchurch. “Graças a Deus consegui falar com a maioria e soube que todos estão bem.
Danos
Algumas casas estão danificadas, mas aqui o governo ajuda a reparar os estragos. Ele dá até 115 mil dólares neozelandeses (cerca de R$ 146 mil) e o seguro cobre o resto.” “A minha primeira experiência com terremoto foi em setembro do ano passado. Eu fiquei em pânico. Depois, não queria mais entrar em casa. Tive que fazer terapia para poder superar o trauma. Agora, outro terremoto, mas pelo menos desta vez consegui entrar em casa.”
Carla Miller disse que assim que puder vai mandar fazer o passaporte de Raphael e voar para o Brasil.
“Assim que der, vou tirar o passaporte do Raphael e voar para o Brasil. Eu quero relaxar um pouco. Ficar longe por um tempo, esquecer tudo isso um pouco. Não vou de vez, mas vou passar um tempo no Brasil até as coisas acalmarem por aqui.”