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Estado de Minas

EUA procuram fortalecer rede militar no Golfo Pérsico


postado em 18/02/2011 15:02 / atualizado em 18/02/2011 16:35

(foto: Reprodução / https://i.a.cnn.net)
(foto: Reprodução / https://i.a.cnn.net)

Os Estados Unidos, preocupados com as manifestações antigovernamentais no Oriente Médio, exercem sua influência na região graças a uma rede de bases militares e acesso privilegiado oferecido pelos regimes locais.

A proteção de rotas marítimas do Golfo Pérsico, por onde transitam milhares de petroleiros a cada ano, e o estabelecimento de um 'cordão sanitário' ao oeste do Golfo para frustrar as ambições do vizinho iraniano estão no centro desta estratégia.

Mais do que enormes bases, nos moldes daquelas que possuem no Japão ou na Alemanha, a estratégia dos Estados Unidos na região se baseia nos direitos de sobrevoar a área e em uma rede de bases militares, cujo acesso foi negociado com países aliados, como Emirados Árabes, Qatar, Omã, Kuwait e Arábia Saudita.

No total, cerca de 27 mil militares americanos estão atualmente na região, revelou um dirigente militar americano à AFP. Sem contar com o Iraque, onde o exército americano possui, ainda, cerca 50 mil militares, apesar da missão de combate ter terminado em 31 de agosto de 2010, depois de quase oito anos desde a invasão em 2003.

No Bahrein, país da vez a enfrentar a onda de manifestações que começou na Tunísia e seguiu para o Egito, os Estados Unidos dispõem de 4 mil homens, segundo o dirigente militar americano entrevistado pela AFP.

Esse pequeno reino do Golfo, onde oposicionistas reivindicam a demissão do governo, é de uma importância estratégica para Washington. Os EUA possuem lá o quartel-general da quinta frota, responsável por Mar Vermelho, Golfo Pérsico e Mar da Arábia.

A potência possui quatro navios-bombardeiros baseados em Manama e ao menos um porta-aviões, com navios de escolta e 80 aviões e helicópteros a bordo, de forma permanente na zona, com o objetivo principal de dar suporte às operações no Afeganistão e contra o Irã.

A perda do fácil acesso a um país depois da mudança de regime não é, por si só, catastrófica, graças à rede tecida pelos EUA na região. No entanto, se os americanos perdessem toda essa malha, isso sim seria uma tragédia, explica David Aaron, ex-membro do Conselho de Segurança Nacional e especialista no centro de estudos RAND.

"Antes de ter essa base em Bahrein, nós administrávamos a (quinta) frota em outro lugar. Fica mais difícil para os marinheiros, mas não é impossível", destacou.

Em 2003, o exército americano retirou-se quase que totalmente da Arábia Saudita para se instalar em Qatar e Omã.

Mas "o que pode estar em jogo, é a capacidade de ter tropas no Golfo para tranquilizar nossos aliados" contra o Irã, que fica localizado a leste do Golfo, explicou David Aaron.

"Se perdermos tudo por causa dos tumultos, será um golpe terrível em nossa capacidade de dissuadir o Irã", considerou.

Do Egito até o Golfo, o exército americano dispõe de cerca de 15 instalações destinadas a reabastecer navios que transitam pela região.

Dispõe, ainda, de vários centros logísticos, administrados por empresas tais como a DynCorps, segundo o site especializado GlobalSecurity. O exército armazena lá alimentos, peças, veículos e munição.

Os Estados Unidos estão sempre à procura de novos pontos de apoio, como no Djibouti, desde 2002. Na primavera de 2010, a Eritreia não autorizou que Washington utilizasse uma base naval em Assab no Mar Vermelho.


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