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Estado de Minas

Comércio chinês rivaliza com turismo como fonte de renda


postado em 18/11/2008 09:31 / atualizado em 08/01/2010 04:02

Pequim – Se o turismo é uma grande fonte de divisas para o Tesouro chinês, o comércio é sem dúvida o grande trunfo que transformou o país numa potência econômica. Pode-se dizer que Pequim é também um grande mercado, um paraíso de compras. A maior parte dos produtos é, como dizem, falsificada, mas muitos podem ser originais, uma vez que têm como origem fábricas mundiais de grandes empresas ali instaladas.

O Mercado de Pulgas, o Silk Market e o Shopping Eletrônico são os mais procurados. Eles impressionam pelo tamanho. O primeiro tem uma extensão de quatro quilômetros, aproximadamente. O segundo é vertical. Um prédio com lojas que se assemelham às do Shopping Oiapoque. O terceiro tem 12 andares de lojas. É algo perto do inimaginável. Além disso, há a Children Store, um loja de oito andares com roupas, brinquedos, móveis e calçados só para crianças.

Negociar a qualquer preço é o ideal do chinês. Nesses locais de comércio, todos falam mais de um idioma. Ao passar em frente a um box de uma dessas pequenas lojinhas, os vendedores começam a conversar, desordenadamente, falando uma série de palavras, em vários idiomas, até descobrir qual é o do possível cliente.

“Only para you” é uma expressão comum de se ouvir quando o vendedor descobre que o cliente é latino. Bolsas, malas, camisas, calças jeans ou de brim, blusas, material esportivo em geral, bebidas, relógios, eletrônicos, incluindo joguinhos de computador, celulares, bijuterias, perfumes, vestidos, saias, pijamas, tunicas. Tem de tudo.

Para começar a negociação, o chinês coloca o preço lá em cima e pede para você fazer uma contraproposta. Geralmente, o valor pedido por ele de início corresponde a 100% do valor real, ou seja, você tem de negociar para chegar a 10%. Por isso, quando ele entregar a calculadora para você pôr o seu preço na mercadoria, pode jogá-lo para baixo. Em alguns instantes, o vendedor parece perder a paciência, mas se o cliente dá as costas e ameaça ir embora, o chinês o puxa pelo braço e começa tudo novamente. Para ele, o importante é vender.

Mistura


Em qualquer cidade do mundo, a parte rica e a parte pobre estão separadas, mas isso não ocorre em Pequim. Em Wangfujing estão não só os melhores shoppings, assim como os nossos, cheios de lojas chiques e de grifes. Mas é lá também que estão os mercados populares. Riqueza e pobreza convivem lado a lado. É lá ainda que está o mercado de alimentação, onde se encontram os escorpiões, lesmas, bichos-da-seda, cavalo-marinho, cobras, entre outras curiosidades, tudo servido num espetinho.

Dizer que os chineses comem esse tipo de alimento é pura mentira, garantem os comerciantes. Segundo eles, isso realmente ocorreu na época da grande fome. “Comia-se tudo que mexia”, contam. Hoje, somente os turistas costumam experimentar as iguarias exóticas. E consomem mesmo, pois os pequenos lojistas desse tipo de comércio ganham rios de dinheiro. Junto desse mercado de alimentação estão mais lojinhas de bugigangas, onde se vende de tudo, o que leva à conclusão de que a China é um grande comércio e o chinês um grande mercador.


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