A equipe de transição do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, lançou um processo de seleção considerado um dos mais rigorosos da história para preencher 8 mil vagas que serão oferecidas na gestão do futuro governo americano.
Os candidatos terão de responder a um questionário de sete páginas com 63 perguntas que “vasculham” todos os detalhes da vida pessoal e profissional dos interessados em trabalhar na Casa Branca a partir de janeiro.
Candidatos a cargos mais altos terão de dar informações completas sobre discursos já proferidos, artigos ou blogs já publicados na internet e incluir links para todos os websites em que possam ser citados, incluindo os de relacionamento como o Facebook.
Eles precisam listar todas as pessoas com as quais já moraram nos últimos dez anos, e responder se “já enviaram mensagens eletrônicas como emails ou mensagens pelo celular que sugiram conflito de interesses ou possam representar um constrangimento para o candidato, sua família ou para o presidente eleito caso venham a público”.
O processo de seleção ainda quer saber “todos os nomes ou apelidos que o candidato já tenha usado para se comunicar pela internet.” Além disso, é preciso detalhar se possui alguma arma, se faz parte de grupos com orientações por cor, etnia, religião e orientação sexual. Com a medida, o presidente eleito quer se proteger de todas as formas para não repetir erros de administrações passadas.
Linda Chavez, que seria a escolhida pelo presidente George W. Bush para ocupar a pasta da Secretaria do Trabalho foi descartada depois que veio a público que ela teria abrigado um imigrante ilegal. Zoe Bird teve que renunciar ao cargo de procuradora-geral do ex-presidente democrata Bill Clinton por razões semelhantes.