Há quem confunda o futsal com o futebol, mas o equívoco é perdoável. Afinal, os dois são iguais em emoção. Existem, porém, muitas diferenças entre eles: a bola, o tipo do piso, o ambiente de jogo, número de jogadores, dimensões, balizas, calçados... Mas, nas quadras ou nos campos, o que manda mesmo é a paixão pelo esporte, que conquista adeptos de geração em geração.
Foi assim com Bruno Maia Gamarano, de 11 anos. Incentivado pelo pai, o futsal entrou em sua vida quando ele tinha apenas 3 anos. Hoje, coleciona títulos e joga em três equipes. ''Faço parte da equipe do Colégio Magnum Cidade Nova e do Santa Cruz. Está ocorrendo agora a Copa Alterosa e eles chamaram algumas pessoas do Santa Cruz para uma parceria.
Meia-armador no futebol de campo e fixo no futsal, Bruno tem uma rotina agitada. ''Treino de segunda a sexta-feira. Segunda, quarta e sexta jogo futsal pelo Magnum. Terça e quinta, futebol de campo pelo Santa Cruz.'' Os treinamentos têm de uma hora e 20 minutos a duas horas de duração. ''No futsal, sempre tem coletivo. No futebol, eles ocorrem às terças e quintas, mas também tem o treinamento físico.''
Mesmo com tanta dedicação ao futsal e ao futebol, a escola não fica em segundo plano. ''De manhã, faço dever de casa, à tarde estudo e à noite jogo.
Tantos benefícios são a prova de que o esporte só tem a acrescentar na vida da criançada, como destaca Alex Wilson, professor de educação física. ''O futsal, assim como outras modalidades, contribui no aprendizado e desenvolvimento de várias capacidades físicas, técnicas e cognitivas, além das habilidades socioemocionais, como respeito, disciplina, equilíbrio emocional, esforço, resiliência e autoestima.''
INTERESSE As escolinhas já são muito populares e podem ser uma boa opção para a garotada se divertir ao mesmo tempo em que se desenvolve. Mas, na hora da escolha, é importante levar alguns detalhes em consideração, como checar se o profissional tem conhecimento e preparo para executar a função como educador. ''Deve-se despertar na criança o interesse pela atividade esportiva, motivando-a para as aulas e sempre respeitando as limitações de cada uma''.
Com essa fórmula, não tem erro.
''Indico muito o futsal, inclusive para crianças que não gostam de futebol. O esporte pode ajudar no estudo, no comportamento, na saúde e em tudo. Se outras pessoas fizerem, elas vão gostar. Não só porque é futebol, mas porque vão aprender várias coisas'', recomenda o craque mirim..