Jornal Estado de Minas

RELATOS

Denúncias de assédio na PCMG são levadas ao Ministério da Justiça

Um grupo de servidoras da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) se reuniram com o secretário de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Marivaldo Pereira, para tratar das recentes denúncias de assédio dentro da corporação e ouvir os relatos das mulheres. 





Os casos ganharam repercussão após a morte da escrivã Rafaela Drummond, de 32 anos, por autoextermínio, após meses de reclamações sobre a conduta de colegas de trabalho. As servidoras relataram ao MJSP que pouco está sendo feito para corrigir as condições de trabalho na PCMG.

“A gente contou toda a situação aqui em Minas Gerais, que é complicada, e explicamos que a gente estava precisando de ajuda e uma ajuda urgente, já que o governo (estadual) não faz nada. Não adianta procurar a ouvidoria geral”, disse uma das servidoras ouvidas pela reportagem.

O MJSP confirmou a reunião, mas afirmou que informações sobre as medidas que serão tomadas ainda não podem ser compartilhadas externamente. Já a PCMG diz que as práticas que constituam assédio são “imediatamente investigadas” pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil, por meio de procedimentos disciplinares e criminais, e que valoriza os servidores.

“Há, inclusive, uma comissão que atua, especificamente, nas denúncias de assédio moral. Ademais, sobre a temática assédio, com o objetivo de orientar os seus servidores e a população em geral, a PCMG disponibiliza em seu sítio eletrônico uma cartilha sobre assédio moral, na qual consta, inclusive, onde procurar ajuda e como denunciar”, pontua a nota.