Uma operação liderada pelo Ministério do Trabalho e Emprego resgatou quatro trabalhadores em condições análogas à escravidão que realizavam obras na construção de um templo religioso em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira.
Segundo o MTE, quando os agentes chegaram ao local da construção, o responsável pela obra tentou esconder os trabalhadores em um buraco. No entanto, durante a permanência no local, os funcionários foram localizados.
Leia Mais
Febre maculosa: Primeiro caso é confirmado na Zona da MataHomem que 'estuprou' cão no Sul de Minas é solto Humorista faz thread com 25 fatos sobre Belo Horizonte e viralizaJustiça nega vínculo de emprego entre cantores e igreja de BH Grande BH: projetos sociais sofrem quedas nas doaçõesFrio aumenta, e preocupação com a população em situação de rua tambémPipas presas na rede elétrica já deixaram 276 mil imóveis sem luz em 2023Saiba como é por dentro do casarão em Lourdes que viralizouPolícia conclui inquérito sobre morte de casal em pousada de MinasNa fiscalização da obra ficou comprovado, segundo o MTE, que os trabalhadores estavam em condições análogas à escravidão. Entre as irregularidades, foram encontradas:
- Risco de choque elétrico, por causa de instalação elétrica precária;
- Aberturas desprotegidas;
- Falta de equipamentos de proteção individual;
- Andaimes sem proteção adequada;
- Falta de profissional da construção habilitado para fiscalizar as obras.
Além disso, segundo o MTE, os trabalhadores eram obrigados a dormirem em uma laje aberta, completamente expostos ao frio e à sujeira.
Os trabalhadores foram indenizados com verbas rescisórias, seguro-desemprego e recebimento de três parcelas no valor de um salário mínimo. Eles também foram abrigados em um hotel, com todas as despesas pagas pelo empregador.
O valor total da indenização não foi divulgado. A operação ocorreu entre os dias 19 e 23 de junho, mas só foi divulgada para a imprensa nesta quinta-feira (6/7).