Quatro famílias desabrigadas pelas chuvas em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, estão há 20 dias vivendo em condições precárias em um abrigo provisório criado pela prefeitura dentro do Centro de Convenções. Uma equipe da Vigilância sanitária esteve no local nesta sexta-feira (3/3) para averiguar a situação e fazer um relatório. A prefeitura afirma que as famílias serão transferidas ainda nesta sexta-feira.
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Outra preocupação relatada por Fabíola é a falta de segurança. “Não temos privacidade queremos sair dessa situação, aqui não tem nenhuma segurança, já encontrei um homem dentro do banheiro feminino, tomamos um susto”, relata.
A moradora conta que não é a primeira vez que perde os bens e tem que sair da casa localizada no bairro Santa Clara e procurar o abrigo municipal. Ela diz que, em 2022, cerca de 300 famílias ficaram desabrigadas e a prefeitura alocou os atingidos em hotéis e pousadas. “Tínhamos segurança e conforto, mas depois tivemos que voltar para o mesmo lugar e conviver com os mesmos problemas”.
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedesc) estava programada a transferência das famílias para a Unidade de Acolhimento em 27 de fevereiro. O local passava por reformas e, com o atraso, a previsão de finalização foi para essa quinta-feira.
Ainda de acordo com a Sedesc o planejamento é para que as famílias sejam transferidas para a Unidade de Acolhimento ainda nesta sexta-feira (3/3).
A pasta ainda afirma que as quatro famílias, totalizando 11 pessoas, estão sendo monitoradas por uma Comissão Especial criada em fevereiro para fazer um levantamento e assim decidir o que vai ser feito com as famílias e definir as diretrizes que a prefeitura irá tomar.
“Ressaltamos que não se trata de uma decisão da Sedesc o retorno ou não dessa famílias às residências, o que cabe à secretaria é prover o acolhimento e proteção social nos casos de emergências e calamidades” afirma a secretária Daniely Cristina Souza Alves.
O vereador defende que as famílias deveriam ter ficado lá no máximo três dias e considera que a extensão do prazo para mais de três semana não é aceitável.
“A prefeitura deveria ter remanejado essas famílias para um hotel, uma pousada com mais segurança e comodidade para as pessoas. Outra questão que considero importante é que as obras contra os efeitos das chuvas precisam ser feitas para que essas situações não voltem acontecer com as famílias de Mariana."