Jornal Estado de Minas

GRANDE BH

Gás tóxico vaza de frigorífico e mulher passa mal em Betim

Uma mulher passou mal na manhã desta sexta-feira (3/2) no Bairro Capelinha, em Betim, na Grande BH, depois de inalar gás amônia.





 

Segundo o Corpo de Bombeiros, o gás vazou de uma empresa do ramo frigorífico na Avenida Nova York, altura do número 106. A vítima é moradora do condomínio residencial que fica ao lado da empresa. 

 

A mulher se sentiu mal depois de inalar o gás e, devido ao desconforto ao respirar, foi levada para atendimento em uma unidade médica.

 

O vazamento aconteceu em um dos condensadores da empresa. Após o fechamento, parte do gás ainda permaneceu na tubulação.

 

Os bombeiros estão no local e controlaram o vazamento. Os militares fizeram apenas a ventilação mecânica para a dispersão do restante do gás, já que ainda havia odor, e estimam que seja necessária cerca de três horas para que haja a eliminação total do produto. 





 

As guarnições também fizeram medições em todo entorno da empresa e não houve detecção de níveis nocivos do gás. Não foi necessária a evacuação de imóveis nas imediações.

 

 

 

As equipes percorreram ainda todo o condomínio para verificar se mais alguém tinha sofrido algum efeito da possível inalação do produto químico e foi localizada mais uma pessoa sentindo desconforto respiratório. Ela também foi atendida pelos bombeiros no local.

 

 

A Defesa Civil de Betim e a Polícia Militar Ambiental foram acionadas para dar apoio na ocorrência.





 

Nota da Prefeitura de Betim

 

"A Superintendência Municipal de Defesa Civil e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmad) e Desenvolvimento Sustentável atuaram, na manhã desta sexta-feira (3), juntamente com o Corpo de Bombeiros, para contingenciar a área do entorno do referido frigorífico e vistoriar a empresa. Duas pessoas precisaram de atendimento médico e foram encaminhadas à UPA Teresópolis e a um hospital privado. 


O vazamento ocorreu na torre de congelamento, localizada na área externa do frigorífico. Por isso, o efluente vazado se espalhou pelos arredores. Os trabalhadores do estabelecimento não foram afetados, mas as atividades foram paralisadas.


Importante ressaltar que as empresas que realizam abate, industrialização, processamento e/ou manipulação de produtos de origem animal necessitam de registro e recebem inspeção higiênico-sanitária do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 






A Semmad efetuou três autuações à empresa. A primeira em 2020 em razão de ruído acima do limite. A segunda ocorreu em janeiro de 2022, em consequência do lançamento de efluentes líquidos no solo e no meio ambiente. O processo ainda aguarda retorno. A terceira autuação ocorreu em outubro de 2022, em razão do lançamento de poluentes nos recursos ambientais. O processo foi instaurado após vistoria realizada depois do primeiro vazamento de amônia, no mesmo mês.


Desde esse último episódio, a Semmad deu prazo de 60 dias para a empresa enviar todos os documentos pertinentes para revisão do licenciamento ambiental. Os documentos foram entregues no prazo e estão em análise.


No momento, a empresa possui alvará de localização regular e licenciamento ambiental em revisão."