Assassinato de manicure em Esmeraldas tem duas linhas de investigação

Um crime e duas suspeitas. As investigações sobre o assassinato da manicure Renata Silva Oliveira, de 34 anos, dentro do salão de beleza onde ela trabalhava, no Centro de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, apontam para duas possibilidades: feminicídio ou vingança. O autor do crime, que aconteceu na tarde dessA quinta-feira (12/1), um homem não identificado, está foragido.

 

A polícia já tem depoimentos de pessoas que viram e conversaram com o suspeito de ter atirado contra a manicure. Segundo as investigaçoes, ele teria ido até as imediações do salão, onde perguntou a algumas pessoas sobre imóveis para alugar na região. Em seguida, entrou no salão, atirou em Renata e saiu correndo, não sendo mais encontrado.

No momento do crime, Rafaela estava atendendo a uma menina, de nove anos, que teria saído correndo do salão ao ver a arma na mão do homem. O corpo de Rafaela foi encontrado pelos policiais em uma cadeira, com um tiro no ouvido esquerdo.

As suspeitas

As primeiras informações sobre a vítima foram dadas por seus pais, Adilson e Maria Perpétua, que estiveram no local e falaram sobre o passado da filha, informando sobre ameaças e perseguições que ela sofria do seu ex-marido.

Rafaela era casada com Nilton de Souza e morou com ele em Baixo Guandu, no Espírito Santo. O casal se separou em 2008, mas o ex-marido não aceitava o fim do relacionamento.

Em função das ameaças do ex-marido, Rafaela decidiu voltar para Minas Gerais. “A partir da separação ela sofreu várias ameaças dele e, por isso, decidiu voltar”, conta o pai, que entregou aos policiais o celular da vítima. Segundo ele, as mensagens do aparelho têm provas contra Nilton.

No entanto, nas primeiras investigações os policiais descobriram que Rafaela também era ameaçada pela ex-mulher de seu atual companheiro, Carlos Antônio Pereira de Souza. 

Os policiais da 4ª Delegacia de Esmeraldas são os responsáveis pelo  caso e vão conduzir os trabalhos nestas duas duas frentes. Um pedido de ajuda será encaminhado, ainda nesta sexta-feira, para a Polícia Civil do Espírito Santo.