Jornal Estado de Minas

FOGO

Serra do Curral: incêndio é debelado em BH, mas segue em Nova Lima

Os bombeiros seguem, na tarde deste sábado (10/9), no combate ao incêndio de grandes proporções na Serra do Curral, cartão-postal e símbolo de Belo Horizonte. Segundo informações dos bombeiros, as chamas foram debeladas do lado da capital de Minas, prosseguindo do lado do município vizinho de Nova Lima.




 
 

Atuam no local 25 militares com duas aeronaves (dos Bombeiros e da Polícia Militar). De acordo com os bombeiros, o terreno em Nova Lima é mais inclinado, o que dificulta as operações, não sendo possível afirmar ainda se o trabalho continuará à noite.

No local, está montado um posto de comando das operações, mas ainda não há estimativa da área atingida. O fogo começou na tarde de sexta-feira (9), nas proximidades do Pico Belo Horizonte.

Na tarde de ontem, conforme informações dos bombeiros, o incêndio estava controlado no lado de BH, prosseguindo em Nova Lima, onde o terreno é mais inclinado, portanto com mais dificuldades. Até o fim da tarde, não havia estimativa da área atingida pelo fogo.




HORROR

Internautas que postaram vídeos se horrorizaram com as dimensões do incêndio. “Nunca vi algo assim na Serra do Curral”, escreveu um homem. Outro comentou que “a destruição causa sensação de impotência diante das labaredas”.

O fogo começou na tarde de sexta-feira na Fazenda Ana da Cruz, terreno que a Taquaril Mineração S.A. (Tamisa) pretende explorar na região da Serra do Curral. Em nota, a empresa explicou: “Trata-se de incêndio criminoso causado por pessoas que acessam a área sem autorização.  A empresa informa que tão logo tomou conhecimento do fato acionou o Corpo de Bombeiros. O local queimado se chama ‘Vale do Córrego da Fazenda’ e será uma área de preservação ambiental mantida pela Tamisa como previsto no seu projeto.”

PERIGOS

Na manhã de ontem, os militares haviam conseguido evitar que o fogo chegasse perto de torres de transmissão. As grossas colunas de fumaça, saindo do topo da Serra do Curral, impressionaram moradores da capital que trafegavam por avenidas e ruas com boa visibilidade para o maciço, que é patrimônio mundial por integrar a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço.

Em áudio divulgado à imprensa, o tenente Ebert Durães, do Corpo de Bombeiros, informou que os militares haviam conseguiram debelar duas linhas de fogo que ameaçavam torres de transmissão e poderiam afetar o fornecimento de energia elétrica na região.