Jornal Estado de Minas

FIM DE UM JÚRI?

Homem acusado de matar radialista é absolvido em 3º julgamento em Araxá

Denílson Fagundes Bento, acusado de matar o radialista e assessor de comunicação da prefeitura de Araxá, Túlio Maneira, a tiros, em 2012, foi absolvido ontem (26/8) pela Justiça de Araxá, em seu 3ª julgamento.




 
As duas primeiras sessões, realizadas em 2014 (quando ele havia conseguido absolvição) e em maio deste ano (quando um dos jurados disse que se sentia incomodado de julgar o caso porque conhecia a família), foram anuladas e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a realização de um novo julgamento.
 
O acusado respondia em liberdade e sempre negou o crime. O advogado dele, Leuces Teixeira, declarou à TV Integração que estuda o processo há cinco anos e que há algumas falhas na fase policial, sendo que na fase judicial o quadro permanece o mesmo, ou seja, com ausência de provas.
 
“Foi feita justiça (...) o crime foi mal investigado (...) foi (o terceiro julgamento) um repeteco do primeiro julgamento”, complementou o advogado em entrevista à Rádio Cidade Araxá, logo após a sentença.




 

Posicionamento do MP

 
Por outro lado, o Ministério Público (MP) acusou Denilson de homicídio duplamente qualificado e afirma que ele planejou o crime, agiu sozinho e foi motivado por ciúmes.
 
Segundo informações divulgadas pelo promotor Fábio Varela, haviam provas suficientes para a condenação do réu. “O que motivou o crime seria um relacionamento que a vítima teve com a irmã do réu enquanto trabalhavam em uma empresa da cidade, isso teria gerado uma vingança do Denilson que motivou matar a vítima”, declarou o promotor.