Jornal Estado de Minas

INDIGNAÇÃO

Alunos e professores da escola de Bárbara fazem protesto e pedem justiça

Com cartazes pedindo “justiça” e “luto”, diversos alunos, professores e funcionários da Escola Municipal Arnaldo Ziller e moradores da região se manifestaram em protesto ao brutal assassinato de Bárbara Vitória, de 10 anos. A menina, que estava desaparecida desde domingo (31/7), foi encontrada morta nesta terça-feira (02/8).





A passeata começou na escola, no Bairro Mantiqueira, Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, e seguiu até o campo de futebol Pedra Branca, onde o corpo da menina foi encontrado. Lá, os manifestantes fizeram orações e, no caminho de volta para a escola, passaram pela padaria, último local em que Bárbara esteve antes de desaparecer. 

As aulas da escola foram suspensas na terça, e vans escolares também realizaram uma carreata em frente à instituição.

Funcionários lamentam


“Ela era uma menina amável, carinhosa, agradecida por qualquer gesto que tivéssemos com ela. Humildade era seu sobrenome. Bárbara era uma criança alegre, queria abraçar todo mundo”, relembra Renilda Alves Ferreira Araújo, auxiliar de apoio ao educando na Escola Municipal Arnaldo Ziller. 

"Uma menina amável", relembra a auxiliar de apoio ao educando Renilda Alves (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
Renilda conta que trabalhou na turma de Bárbara quando ela entrou na escola, com seis anos de idade. “Pedimos por justiça pela Bárbara, para que não fique impune, e segurança para nossa comunidade. Este ano um ex-aluno nosso também foi morto na porta de casa, sentado próximo à  padaria em que Bárbara foi vista pela última vez com vida, e até hoje não sabemos o motivo”, desabafa.





A diretora da escola, Zarabeth Farias Silva, disse que não para de receber ligações de pais de alunos, que estão “desesperados”. “Os pais estão com muito medo, receosos, e não querem mais deixar as crianças irem sozinhas para a escola. A comunidade está abalada, ninguém imagina que isso aconteceria com uma criança que todos já conhecem e convivem diariamente”, conta.
 
"Clamamos por justiça", diz diretora da Escola Municipal Arnaldo Ziller (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
 

“Como uma criança sai de casa para buscar um pão e não consegue voltar? Clamamos por justiça. Queremos que quem praticou o crime pague pelo que cometeu, para não termos a sensação de impunidade”, finaliza a diretora.



*Estagiára sob supervisão da subeditora Jociane Morais