Jornal Estado de Minas

FÉRIAS EM BH

Memorial Vale oferece oficinas gratuitas nas férias de julho

Com grande acervo e interatividade, memorial na Praça da Liberdade promove atividades interativas para os visitantes (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Oficinas de ritmologia, construção de brinquedos e teatro são algumas das atividades gratuitas organizadas pelo Memorial Minas Gerais Vale durante este período de férias escolares. Localizado no circuito cultural da Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, o museu tem se especializado em programações interativas para todo tipo de público há uma década. 





 

“Temos essa iniciativa de propor temáticas criativas. Por isso, fazemos oficinas que trabalham a questão manual e do corpo, além de trazer uma mensagem contemporânea e responsável. Então acreditamos em um espaço que se preocupa com o outro e faz ações extra-muro”, explicou o coordenador-geral do memorial, Wagner Tameirão. 



 

Além das oficinas, a programação deste mês conta com exposições e espetáculos de música, tudo destinado a crianças, jovens e adultos. “Essas atividades têm grande alcance, pois há pessoas que não viajaram durante as férias, assim como aumenta a quantidade de turistas. Por isso, propomos não só as exposições, mas também as oficinas e apresentações. A visitação espontânea cresce”, afirmou Tameirão. 

 

Fique atento às vagas para as oficinas 

 

Com oficinas gratuitas e com vagas limitadas, as atividades propostas têm elementos culturais e educativos, sendo oferecidas por diversos profissionais, que não necessariamente participa da equipe do museu. Apesar de as ações serem destinadas a um público-alvo específico, o Memorial da Vale buscou trazer uma experiência familiar aos visitantes. 







Na oficina de ritmologia em curso, o ritmista Bodô Alcântra, doutor em educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ofereceu uma vivência percussiva, extraindo o ritmo de cada participante, com atividades que podem incluir ciranda, funk e samba. A proposta da ação, destinada ao público a partir dos 12 anos, é se atentar à oralidade de cada corpo e memória.

 

Movimento para todo o corpo 

 

Já a oficina de construção de brinquedos focou nas crianças dos 5 aos 11 anos, que puderam projetar, criar e decorar o próprio brinquedo. Na programação do Memorial Vale está também há um “teatro para sentir”, que traz jogos e exercícios teatrais feitos pelo teatrólogo Augusto Boal. Uma iniciativa para “desmecanizar” o corpo depois de tanto tempo de distanciamento social. 


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Aos interessados em produtos naturais, uma sugestão é uma oficina que ensinará a fazer sabão natural e vegano. Os participantes poderão aprender técnicas de criar produtos a partir de óleos vegetais, usando um método a frio. 






Wagner Tameirão, coordenador-geral do Memorial Vale, fala sobre ações para todos os públicos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


Para o coordenador-geral do Memorial Vale, as atividades estão fazendo muito sucesso, com oficinas tendo as vagas esgotadas rapidamente. "Como algumas atividades também são destinadas a crianças e jovens, sempre pedimos que os responsáveis acompanhem. Consequentemente, existe um movimento da família", comentou Tameirão. 

 

Próximas oficinas do Memorial da Vale 


Teatro para sentir

Introdução à saboaria natural e vegana 

Vestindo BH 

 

Exposição construída em família

Também está em cartaz e com classificação livre a exposição “A arte da maternidade”, com obras de três artistas visuais e de suas respectivas filhas: Lorena Barros e Flora, Luciana Brandão e Teresa, e Iaci Carneiro e Cora. São 45 obras desenvolvidas durante os períodos mais críticos da pandemia de COVID-19 e das inquietações vividas pelas mães durante a gravidez. 


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“A exposição está relacionada ao núcleo familiar. Faz parte do Núcleo Mães pela Maternidade, e queríamos trazer características provocadas pelo período de isolamento. É um trabalho de mães artistas que se viram, na pandemia, com crianças pequenas e passaram a trabalhar a temática. A presença do universo infantil ou do corpo da mulher nessa exposição é muito marcante. Então, o fato de captarmos essa ideia, que chegou até a gente, está ligada à necessidade de refletir sobre o tema”, explicou o coordenador-geral do Memorial Vale, Wagner Tameirão. 





 

Ampla estrutura para os visitantes

Com 31 ambientes, distribuídos em três pisos, o museu tem ainda mostras temporárias de arte, assim como outras atividades culturais e educacionais da programação regular do museu. Mesmo fora do período de férias escolares, o visitante está livre para construir o percurso e sempre conta com o suporte de educadores do memorial.

 

 

Stephanie Ferreira levou a filha, Maria Luiza, e a sobrinha, Maria Clara, que aprenderam sobre a história mineira (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Entre as salas estão o panteão do Política Mineira, onde é contada, de forma lúdica, a história da Conjuração Mineira, o espaço dedicado à leitura, em que os visitantes podem consultar periódicos, revistas e jornais de circulação nacional, e a Sala Guimarães Rosa, onde é contada a trajetória, a vida e as obras do autor mineiro.

Atrações para cativar as crianças 

 

A advogada Bianca Belo Menezes Drumond, de 43 anos, aproveitou as férias dos filhos, Maria Luisa, de 7, e Mateus, de 9, para levá-los ao museu e inscrevê-los nas atividades. “Eles gostaram bastante. Participaram da oficina de minilivro ilustrado, pois adoram desenhar e colorir. Além disso, passeamos pelas salas do Memorial Vale”, disse. 





 

As crianças já conheciam o museu, mas foi a primeira vez que elas participaram de uma oficina. “Acho o memorial muito interessante, não só essas ações, como também o museu em si. Tem muita coisa diferente, as crianças se divertem bastante. Ainda tem toda essa questão cultural, pois, às vezes, elas não estão tão habituadas, por causa das telas, do videogame”, afirmou a advogada. 


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Para Bianca, o museu tem uma forma singular de chamar a atenção do público infantil. “Tanto o Museu Vale quanto os outros que eu tenho visitado conseguem mesclar a história com o lúdico. Então, o que às vezes não seria interessante para a criança, eles conseguem inovar, como usar recursos visuais. É muito bacana mesmo”. 

 

Boa impressão entre as crianças 

 

Stephanie Paula Ferreira, de 27, que trabalha com atendimento ao cliente, também ressalta esse ponto. Ela levou a filha Maria Luiza, de 7, e a sobrinha Maria Clara, de 9, e ficou impressionada com o retorno das crianças. 





 

“Já vim aqui algumas vezes, mas nunca trouxe as meninas, por pensar que elas não se interessariam, já que são muito novas. No fim, elas se divertiram bastante e interagiram com várias atividades propostas nas salas que contam a história da Inconfidência, dos territórios de Belo Horizonte e assistiram vídeos da midiateca”, disse. 

 

Não foi a primeira vez que a professora Jaqueline Ferreira, de 43, levou a filha Ana Beatriz, de 8, para participar das oficinas. Além de inscrevê-la na oficina de mini-livro, a menina voltará ao museu ainda mais uma vez nestas férias escolares. “Ela gosta muito e, por isso, vou levar ela novamente para participar da oficina ‘Vestindo BH’, onde customizaremos blusas”, comentou.

Memorial Minas Gerais Vale 

 

 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Alves