Jornal Estado de Minas

CRIME SEXUAL

Deficiente intelectual é estuprado em banheiro de câmpus da UFU

Um homem com deficiência intelectual foi estuprado em um dos banheiros do câmpus Educação Física da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Dois suspeitos, de 27 e 49 anos, foram presos acusados de serem os autores do estupro. Um deles é funcionário terceirizado da instituição de ensino.




 
Como parte de terapias a que submetida, a vítima, que tem 33 anos, foi até o câmpus para uma aula de natação. Ele estava acompanhado da mãe e, antes da aula, foi ao banheiro para se trocar. Entretanto, demorou mais do que o normal, o que chamou a atenção da mulher.
 
Com ajuda, ela entrou no banheiro. Lá encontrou as roupas do filho sujas de fezes e ele dentro de um dos boxes com chuveiro se limpando. Ele não conseguiu explicar o que havia acontecido por conta da limitação intelectual, ainda que os indícios fossem de crime sexual.
 
A vítima teve meningite quando tinha 8 meses e como sequela da doença não houve desenvolvimento intelectual condizente à idade física. Hoje, ele se porta como um criança pequena.
 
De qualquer forma, o homem foi levado até a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro Tibery, onde um médico detectou ferimentos no ânus da vítima, o que constatava o estupro.




 
Os dois homens presos foram flagrados por câmeras de segurança do câmpus entrando no banheiro e a permanência deles durante o período em que o homem esteve lá.

Pelo menos um deles chegou a conversar com a mãe da vítima, saindo de um dos boxes assim que a mulher entrou no local. Ele disse que não havia visto nada.
 

UFU divulga nota


Em nota, a UFU informou que a Prefeitura Universitária e a coordenação do projeto social do qual a vítima participa acionaram a Polícia Militar, o Sistema Integrado de Atendimento a Trauma e Emergência (Siate) e os responsáveis pelas empresas terceirizadas.
 
“A UFU prestou e prestará os cuidados necessários ao participante do projeto e aos seus familiares. Foi aberto processo administrativo interno para apuração dos fatos e os empregados terceirizados foram afastados preventivamente de seus postos de serviço. A UFU acompanha o andamento das apurações e continua à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos à Polícia Civil sobre o fato em investigação”, diz a nota.