Jornal Estado de Minas

REDUÇÃO

'Comprometerá o funcionamento', diz UFMG sobre corte de verbas



O corte orçamentário de 14,5% da verba das universidades e institutos federais para despesas de custos e investimentos pode causar grandes impactos nas instituições de ensino público.

A decisão da redução de investimentos divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) na última sexta-feira (27/5). Conforme o governo, o objetivo da medida é cumprir ao teto de gastos.





Em nota, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) afirmou que o orçamento previsto para a universidade no ano de 2022 já era inadequado, sendo 7,43% menor do que o de 2020 - semelhante ao do ano de 2018. 

Conforme a decisão anunciada, a redução corresponde a R$ 32 milhões de investimentos que não serão repassados à UFMG e a outras instituições. Se mantida, "comprometerá o funcionamento e a manutenção da universidade, com forte impacto nas ações de ensino, pesquisa e extensão, além da assistência estudantil, inviabilizando o apoio a estudantes mais necessitados", informou a instituição.

O corte de verbas às instituições é mais um movimento contrário aos investimentos na educação. Ao todo, o bloqueio orçamentário é de R$ 3,23 bilhões em âmbito nacional. Essa redução irá afetar todas as áreas da ciências, da educação e da tecnologia.
 
"Cortes dessa natureza configuram-se como um modo de cerceamento do direito constitucional da sociedade brasileiro ao acesso à educação pública e de qualidade, base para o exercício pleno da cidadania e para a vivência democrática", pontuou a UFMG.