Jornal Estado de Minas

NORTE DE MINAS

Operadora de plano de saúde anuncia projeto para hospital em Montes Claros


A operadora plano de saúde São Lucas, de Montes Claros, no Norte de Minas, anunciou um projeto para a construção de um novo hospital que ajudará a resolver o déficit de leitos na cidade. A empresa, que comemora 30 anos de existência em 2022, firmou parceria com a Premium Saúde, do grupo Hapvida, um dos maiores dos segmentos médico e odontológico no Brasil.



De acordo com o diretor-presidente e financeiro do Plano São Lucas, Dilson de Quadros Godinho Júnior, o objetivo é investir R$ 30 milhões na edificação de um estabelecimento com 100 leitos em Montes Claros. A obra será viabilizada com recursos próprios e de financiamentos, além de um eventual aporte da Hapvida.

Dilson Júnior salientou que a operadora São Lucas identificou a necessidade de erguer o seu próprio hospital a partir dos procedimentos eletivos  que ficaram represados em função da pandemia do coronavírus.

“Nos pós-pandemia, percebemos uma demanda reprimida muito grande. Verificamos também que o plano de saúde precisa ter uma unidade de saúde para atender aos seus usuários e a demanda reprimida, que é muito grande”.



Em 2020, o plano de saúde São Lucas inaugurou um unidade hospitalar em Salinas, também no Norte de Minas, com capacidade para atender 60 pacientes por dia. Recentemente, o espaço recebeu melhorias como novas salas de cirurgia, equipamentos de raios-X, ultrassom e exames de endoscopia com equipe médica especializada.

 

Aumento de despesas

 

Dilson de Quadros Júnior afirmou que a Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) determinou o pagamento dos testes de COVID-19 pelos planos de saúde aos seus segurados, gerando uma elevação dos pagamentos de procedimentos.

A consequência dessa normativa foi a elevação do índice de sinistralidade – percentual medido pela relação entre os gastos com os procedimentos realizados pelo beneficiário e o valor desembolsado por ele pelo plano.

Na prática, se o segurado paga ao plano de saúde R$ 500,00 por mês, e os serviços médicos custaram 450,00, significa que o índice de sinistralidade foi de 90%.

“Mas, com os pagamentos dos testes de COVID-19, chegamos ao índice de sinistralidade de quase 100% na pandemia”, destacou Dilson Júnior, lembrando que a empresa adotou uma série de medidas para melhorar a gestão e eliminar os prejuízos.