Jornal Estado de Minas

PROTESTO EM BH

BH terá manifestação em defesa do Hospital Júlia Kubitschek neste sábado

Uma manifestação em defesa do Hospital Júlia Kubitschek será realizada neste sábado (23/4), às 10h, na porta do hospital, na rua Dr. Cristiano Rezende, 2745, bairro Milionários, região do Barreiro. O ato contará com a participação da sociedade, servidores e representantes do Sind-Saúde, do Conselho Municipal de Saúde de BH e do Conselho Distrital de Saúde do Barreiro.





 

De acordo com integrantes do movimento, além das obras inacabadas no local e deterioração do espaço, o objetivo é também protestar contra as últimas ações tomadas pelo governo de Minas que fechou o setor de urgência e emergência do hospital em 5 de abril e que pretende fechar o ambulatório de atendimento à saúde da mulher alegando falta de profissionais para atender a população.

 

 

 

Em conversa com o Estado de Minas, a diretora-executiva do Sind-Saúde, Neuza Freitas, comentou os últimos acontecimentos na unidade hospitalar.

 

"Nossa luta no Hospital Júlia Kubitschek já vem de tempos, mesmo diante de tantas dificuldades e problemas que vivenciamos culminou agora com as obras paradas há anos de duas enfermarias somando mais de 100 leitos, quebraram todo o bloco cirúrgico, a casa da criança está toda depredada, portanto estão acabando com o hospital. No fim de março chegou a informação de que será fechado o ambulatório de atendimento à saúde da mulher, um espaço imenso que atende mulheres que necessitam de pré-natal e atendimentos gerais do Barreiro e da Região Metropolitana. Esse fechamento refletirá diretamente na maternidade, no CTI neonatal", disse.





Outro ponto que causa espanto nos manifestantes é a falta de diálogo por parte do Estado.

 

"Eles tomam essas decisões sem dialogar com ninguém. Simplesmente tomam a decisão e temos que cumprir. Infelizmente, é assim que funciona com esse governo, com essa gestão. Estamos muito preocupados. Essa justificativa de falta de pessoal já é bem antiga na rede Fhemig e no Julia não é diferente. A unidade de emergência está trancada, o ambulatório ainda funciona porque os médicos estão revezando, o CTI 40 leitos não tem 40 leitos e está praticamente esvaziado. O governo de Minas está fechando o hospital lentamente", ressaltou.

 

 

 

Diante do ocorrido, os servidores pediram uma audiência pública para debater o assunto na Assembleia Legislativa.

 

"Procuramos a Assembleia Legislativa, solicitamos uma audência pública que será realizada na próxima quinta-feira (28/4), assim como também uma visita técnica por parte dos deputados. A situação está muito grave e não podemos ficar parados", concluiu.

 

O Estado de Minas entrou em contato com o governo de Minas e aguarda uma resposta para as questões abordadas.