Jornal Estado de Minas

TEMPORADA DE INCÊNDIOS

Bombeiros se preparam para período de estiagem em Minas

A aproximação do período de tempo seco mobiliza o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) em ações especiais para monitorar e controlar incêndios no estado. Nos últimos anos, o número de casos aumentou tanto em áreas urbanas como rurais e florestais e moldou as atividades do Plano de Enfrentamento ao Período de Estiagem 2022.





De acordo com os bombeiros, 2021 teve o maior registro de incêndios florestais nos últimos 7 anos. Entre janeiro e dezembro, houve um aumento de 17% em relação ao ano anterior e de mais de 30%, se comparado com 2019.

A situação é ainda pior considerando os incêndios na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Entre janeiro e agosto de 2021, foram registrados 3.158 ocorrências do tipo na Grande BH, um aumento de 75% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo os militares, o aumento nos atendimentos também está relacionado à ampliação da capacidade de resposta da corporação. Em 2021 foi iniciado um projeto piloto chamado Plano Integrado de Preparação e Resposta aos Incêndios em Áreas Rurais (PIIR), em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).





Para este ano, o Plano de Enfrentamento ao Período de Estiagem prevê o planejamento na gestão e distribuição do efetivo em todo o Estado; o monitoramento e georreferenciamento das áreas de risco; campanhas de conscientização em escolas e comunidades; desenvolvimento do conhecimento de especialistas da corporação para investigar e compreender melhor a origem de incêndios; e ações de parceria com as prefeituras.

Além disso, em março, bombeiros de Minas foram enviados para um Curso de Geoprocessamento aplicado a Incêndios Florestais (CGIF) ministrados pela corporação do Mato Grosso.  

Veja as ações específicas listadas pelo CBMMG para esta temporada de estiagem:
  
  • Operação Alerta Verde (fiscalização em lotes vagos)
  • Plano de intervenção Serra Verde (monitoramento constante);
  • Operação Azimute (mapeamento e preparação das unidades de conservação);
  • Criação e gestão dos NIF’s (Núcleos de Incêndio Florestal);
  • Capacitação de brigadistas com o apoio de outros órgãos;
  • Atividades de educação ambiental em parques e unidades de conservação.