Jornal Estado de Minas

RELIGIÃO

Encenação da Paixão de Cristo deve reunir 1,5 mil pessoas em Passos

Os fiéis contam os dias para rever o espetáculo "A Paixão de Cristo" e os atores e atrizes se desdobram nos ensaios para fazer bonito durante a apresentação, em Passos, no sudoeste mineiro. Em 2022, a encenação do espetáculo na cidade completa 50 anos – a pandemia impediu a apresentação em 2020 e 2021.




A previsão da Prefeitura de Passos, organizadora do evento, é que 1.500 pessoas assistam ao espetáculo nos dias 13,14 e 15 de abril, às 21h30, no Adro da Igreja Matriz Senhor Bom Jesus dos Passos.
 
“O espetáculo 'A Paixão de Cristo' é importante para preservação da memória cultural e da fé de nosso povo, se tornou tradicional e é um dos eventos religiosos mais apreciados por Passos e região. E em 2022 completa 50 anos de existência. O espetáculo teatral visa projetar o nome de nossa querida Passos em nível nacional”, acredita Denilson César dos Reis, Secretário de Cultura e Patrimônio Histórico.
 
À frente do espetáculo passense está Maurílio Romão (direção), Felipe Terra (produção), Jesus (Chiquinho Negrão), Maria (Aline Alux) e mais 56 artistas.

Pessoas da região também costumam ir a Passos para ver o espetáculo. “Sempre é esperado público de outras cidades – é um momento em que a cidade está com visitantes, por ser um feriado prologando – sendo esta uma oportunidade para quem estiver de turista na cidade”, disse Denilson.



 
O espetáculo teve custo de R$ 64.500, com cachê de R$ 300 para todos os atores, que pela primeira vez serão remunerados, e também para  produção, adereços, divulgação, fotografia, serviços de VJ, locação de estrutura como gerador de energia, serviço de contrarregragem – um processo profissionalizado, onde se tem cachê para todos os envolvidos.
 
A "Paixão de Cristo" dura uma hora e 10 minutos e os figurinos são os de 2010. O texto originalmente ainda mantém a estrutura destes 50 anos – Antônio Teodoro Grilo – , com algumas adaptações de Gustavo José Lemos,  entre outras colaborações.

“Diante da atual realidade, não só de nossa cidade, mas de todo o país, onde se fala em violência e falta de amor, o espetáculo busca mostrar aos espectadores todo o sofrimento pelo qual passou Jesus Cristo para nos salvar. Ao mesmo tempo, sensibilizar as pessoas quanto à necessidade de viver em paz e amar ao próximo, nesta época do ano propícia para reflexão, elevando a auto-estima de nossa população, dando a ela o sentimento de pertencimento”, disse Denilson.




“O espetáculo emociona e encanta o público pelo brilhantismo, garra e interpretação dos atores que fazem esta grandiosa encenação teatral acontecer”, complementa.
 

Apresentação de corais infantis

Antes da encenação, o público terá a oportunidade de assistir aos corais de Pequenos Cantores de Cássia, Passos e Pratápolis, que cantarão juntos em um espetáculo musicado dedicado exclusivamente à Semana Santa.

Participam do espetáculo, ainda, um grupo de seis atores de Passos.
 
Será encenado pelos Pequenos Cantores de Cássia, Pequenos Cantores de Passos e por um grupo de atores independentes, na sexta (08/04), às 20h, na Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, em Passos; e na quarta-feira (13/04), às 19h, no Santuário de Santa Rita de Cássia, em Cássia, com os três corais: Cássia, Pratápolis e Passos.

Ao todo, serão aproximadamente 80 pequenos cantores no palco. O elenco conta com a participação de seis atores, sendo: Jesus, Maria, Narrador e 3 Guardas-Romanos.
 
O Coral de Cássia atualmente é dirigido pelo Maestro Patrik Pampanini e a escola dirigida por Messias Faleiros. O Coral de Passos tem como maestro Rubens Assis Maia, e na direção da escola, Felipe Terra.



 
"As Sete Palavras de Jesus na Cruz" é um espetáculo musicado, cantando as últimas horas do sofrimento de Jesus, dedicado exclusivamente para a Semana Santa, levando os espectadores à reflexão do suplício vivido por Jesus.
 
Ao todo, serão cantadas 11 peças musicais, acompanhadas por órgão, sendo: "Via Dolorosa", de Matheus Rizzo, "A Paixão de um Deus Amante", "Pie Jesu", de Andrew Lloyd Webber, além das peças das Sete Palavras em si, arranjadas pelo fundador e maestro, o saudoso professor  Heitor Geraldo Magella Combat.
 
Segundo contava o maestro Heitor Combat, ele encontrou essa peça abandonada em uma fazenda de Cássia e transcreveu o trabalho, adaptando-o para coral, resultando num belo espetáculo.
 
Neste trabalho específico tem a preparação vocal de Patrik Pampanini e Rubens Assis Maia; direção musical de Patrick Pampanini; coordenação de Felipe Terra e Messias Faleiros; e direção geral de Felipe Terra.