Jornal Estado de Minas

SAÚDE

Novos casos de sífilis em MG preocupam autoridades e especialistas

O aumento no número de casos de sífilis em Minas Gerais tem preocupado especialistas e autoridades, que apontam que um dos motivos é a baixa adesão aos preservativos. Só o Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, uma das referências no tratamento da doença no estado, notificou 183 casos da infecção sexualmente transmissível em 2021. O número foi divulgado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) neste mês de março. Já neste ano, foram notificados 49 casos na unidade de saúde até o momento.



Em 2020, com o início da pandemia da COVID-19 e a baixa na procura por hospitais relacionadas a outras doenças – além de longos períodos com suspensão dos atendimentos, conforme as deliberações das autoridades sanitárias –, o hospital registrou 119 casos. 

"É uma epidemia silenciosa, com um imenso número de portadores, a maioria sem sintomas e com possibilidades de transmitir a doença, o que nos mostra a importância do uso de preservativos durante as relações sexuais, já que esta é a principal forma de evitar a infecção pela sífilis e outras patologias", afirmou o infectologista do HEM João Gentilini Fasciani de Castro, em entrevista à "Agência Minas".


A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, com um crescente número de notificações. A infecção atinge principalmente adultos, mas também recém-nascidos e idosos.





Ainda segundo a Organização Mundial de Saúde, os números no Brasil  são preocupantes, o que demonstra a necessidade de reforço às ações de vigilância, prevenção e controle da infecção.


De acordo com o infectologista João Gentilini, os exames sorológicos são fundamentais para o diagnóstico e o tratamento precoces, quebrando a cadeia de transmissão tanto da sífilis adquirida (por contato sexual ou transfusão de sangue) quanto da sífilis vertical, quando é passada da gestante para a criança.

 Sintomas 

A sífilis é uma infecção que possui vários estágios, que se caracterizam de acordo com a sua infectividade e o tempo de exposição ao organismo. Confira:

Fonte: SES-MG