Jornal Estado de Minas

PROTESTO

Estudante relata agressão de policiais ao tentar passar por greve na MG-010

 
Durante a paralisação das forças de segurança na MG-010, na manhã desta segunda-feira (21/3), o estudante de psicologia Júlio Vieitas, 42 anos, viveu situação constrangedora ao tentar passar pelo bloqueio feito pelos policiais. Ele tentou conversar com as pessoas presentes para seguir seu caminho até Lagoa Santa, onde sua esposa esperava por um medicamento, mas não foi atendido. 




 
 
Ao tentar dialogar com os líderes do movimento, Júlio disse ter sido agredido e obrigado a estacionar sua motocicleta no canto da via para esperar o fim do protesto. 
 

 
“Minha esposa havia acabado de falar que não dormiu bem, não está bem e falou que o horário do remédio não bateu... Eu aleguei (aos manifestantes) que queria vê-la e era uma questão de urgência, pois ela está tomando medicamento de depressão. Não fazia muito sentido eu parar aqui. Não sei até que ponto vou ajudar a manifestação, ficando aqui parado. Não é vantajoso para eles e nem para mim”, contou o estudante. 
 
 
“Argumentei com eles, mas eles começaram a agredir, colocando a mão na moto. Falei que ia tirar do local e que a gente conversasse. Mas eles estavam exaltados. Não vou dizer que eles estão errados, pois devem ter a causa deles. Infelizmente, são várias causas envolvidas aqui e eu tenho uma esposa nitidamente tomando remédio controlado que precisa de acompanhamento”.




 
Ele afirmou que os manifestantes estavam bem nervosos durante a paralisação. “Algumas pessoas queriam ouvir, mas outras estavam exaltadas. Nesse contexto, as exaltadas falam mais alto”.
 

Protesto contra governo 


O ato das forças de segurança contra o governo de Minas foi encerrado na tarde desta segunda-feira (21/3). Aos poucos, os policiais começaram a liberar o trânsito nos dois sentidos na MG-010. Um longo congestionamento se formou nos sentidos BH e Confins. 

A categoria, em greve há um mês, pressiona o Executivo por recomposição salarial de 41%, previsto no acordo assinado ainda em 2019. Desse montante, somente 13% foram efetuados.