Jornal Estado de Minas

COMBATE À CRIMINALIDADE

Polícia Civil de MG amplia operação contra clonagem de veículos

A Polícia Civil realizou mais uma etapa da operação de combate à adulteração de documentos e clonagem de veículos no interior de Minas. Após a operação Clone, realizada na semana passada em Brasília de Minas e Campo Azul, na Região Noroeste do estado, nesta segunda-feira (21/3) foi a vez da Operação Dublê, em Rio Pardo de Minas, no norte mineiro.






As investigação tiveram início há dois meses, quando policiais verificaram o aumento de veículos, possivelmente adulterados, em circulação na cidade.


Segundo o delegado Guilherme de Barros Zauili, responsável pela ação, a fraude consistia na obtenção de veículos seminovos por preços abaixo da tabela. “Os investigados acreditavam que estavam comprando veículos financiados e não pagos, todavia, tratava-se de veículos roubados que, posteriormente, eram adulterados.”


Com as provas reunidas, o delegado solicitou à Justiça mandado de busca e apreensão para sete veículos identificados durante as investigações, sendo que cinco foram apreendidos, todos roubados em outros estados. Destes cinco, três eram adulterados.



Além dos dois carros que não foram localizados, outros dois estão sob investigação da Polícia Civil por suspeita de fraude. Dezoito policiais civis participaram da operação, que teve apoio da Delegacia Regional de Taiobeiras.

Relembre

Na última semana, a Polícia Civil realizou a Operação Clone em Brasília de Minas e Campo Azul, com o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão. Um jovem de 19 anos foi preso em flagrante, por receptação, e foi apreendida uma motocicleta furtada. Além disso, foram arrecadados dezenas de documentos de veículos, além de moldes supostamente utilizados para regravação de chassi e motor.


O delegado Flávio Cavalcanti diz que as investigações iniciaram há alguns meses, com objetivo de apurar os crimes de furto e clonagem de veículos cometidos por uma organização criminosa composta por, no mínimo, cinco pessoas, atuantes há cerca de 10 anos.

 

Os veículos eram furtados, clonados e comercializados em Montes Claros, Belo Horizonte, São Paulo, Campo Azul e Brasília de Minas. “O grupo é bem organizado e cada integrante possui uma função definida. Entre os suspeitos, a polícia aponta a participação de um ex-vereador de Campo Azul e o dono de uma oficina mecânica localizada em Brasília de Minas, responsável pelas adulterações. Os demais integrantes exerciam outras tarefas, como furtos e comercialização dos veículos”, diz o delegado.