Jornal Estado de Minas

COVID-19

Governo de Minas passa a monitorar COVID-19 junto de outras doenças

Programa que definiu as diretrizes do combate à pandemia de COVID-19 em Minas Gerais e estabeleceu recomendações aos municípios, o Minas Consciente será extinto após quase dois anos. Com isso, o Governo de Minas passa a tratar o novo coronavírus no rol de demais "eventos", como dengue e tuberculose.





"A secretaria tem um comitê de monitoramento de eventos, já existe esse comitê, sempre existiu. Ele acompanha várias doenças, como dengue, tuberculose, outras doenças que pode ter algum surtos ou epidemias, e a gente vai acompanhar quatro indicadores", disse nesta quinta-feira (10/03) o secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti.

Baccheretti elencou os indicadores para a nova fase de acompanhamento da pandemia de COVID-19 nas 853 cidades de Minas Gerais. São eles: avaliação de incidência; número de casos de COVID internados em UTI; relação de internados confirmados; e fila de pacientes aguardando leito.

"Avaliação de incidência: muito relacionado ao que a gente já faz. Então, compara a incidência de uma semana com duas semanas atrás. O número de casos de COVID internados em UTI: como não tem UTI COVID específico, a gente avalia a proporção de pacientes com COVID dentro dos CTIs do estado. Da mesma forma, a relação de internados confirmados: ou seja, de cada paciente com COVID, quantos % internam, para saber se dentro de alguma cepa nova que vá surgir, se muda a proporção que hoje a gente tem da Ômicron, por exemplo, que é a que gente vem acompanhando. E também a fila de pacientes aguardando leito: se aumentar a incidência dentro de uma proporção que a gente já estabelece, se aumentar fila de pacientes, se aumentar relação de pacientes internados com COVID pelo número de paciente, pessoas que testaram positivo ou a proporção de paciente COVID, isso vai nortear as ações da secretaria", detalhou.





O secretário também confirmou as ações que podem ser tomadas neste momento em que o novo coronavírus se coloca em meio a outras doenças.

"Quais são as ações? Ampliação de vacinação, ida em cada município se necessário, ampliação de leitos, várias ações que podem ser feitas pela secretaria. Passa a não ser mais automático, como as ondas, e passa a ser mais pontual cada atuação da secretaria", disse.

Vacinação 


Segundo dados do governo de Minas, o estado tem 86,49% da população de cinco anos ou mais imunizada com a primeira dose da vacina contra a COVID-19 e 81,32% com a segunda ou com a dose única. A cobertura da dose de reforço é de 45,29%. 

Minas Gerais teve 60.153 mortes pela COVID-19 desde o início da pandemia (74 entre essa quarta-feira (9) e esta quinta), em março de 2020, 3.255.023 infecções (5.286 nas últimas 24 horas) e 3.104.341 recuperações – 90.529 pacientes seguem em acompanhamento.