Jornal Estado de Minas

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Mais de 7 mil vítimas são atendidas em combate à violência contra a mulher

Cerca de 7,7 mil vítimas atendidas, sendo 23 resgatadas, e 3,3 mil pedidos de medidas protetivas, 130 mandados de prisão cumpridos e 64 de busca e apreensão. Esses números são o resultado da Operação Resguardo, de enfrentamento à violência contra a mulher, realizada pelas forças de segurança de Minas Gerais, ao longo de um mês. A operação foi encerrada no Dia Internacional da Mulher.





 

Nesse período, foram deflagradas ações de repressão e prevenção aos crimes. Policiais civis, militares e penais, bombeiros militares, agentes socioeducativos, integrantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), e técnicos da Política de Prevenção à Criminalidade estiveram empenhados nas intervenções realizadas nos municípios mineiros.

O efetivo dessa força-tarefa foi de 7,7 mil profissionais, com a utilização de 3 mil viaturas. Foram realizadas 1,4 mil palestras. A população também colaborou no combate, registrando quase 1,5 mil denúncias via telefone, através dos números 180 e 181.


A operação teve a instauração de 3,3 mil inquéritos policiais e concluiu cerca de 2,9 mil. O chefe da Polícia Civil, delegado-geral Joaquim Francisco Neto e Silva, conta que a instituição empenha esforços tanto para acolher a mulher em situação de violência quanto para proporcionar a justa responsabilização dos agressores.





“Mais uma vez, a Polícia Civil de Minas Gerais cumpre seu papel e se destaca na proteção e no enfrentamento à violência contra a mulher. Trabalhamos para fazer do nosso estado um lugar de respeito e igualdade para as mulheres”, diz ele.


Também foram lavrados cerca de 1.100 autos de prisão em flagrante e 48 autos de apreensão em flagrante de ato infracional (com adolescentes suspeitos). Houve, ainda, a lavratura de 510 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) e 142 Boletins Circunstanciados de Ocorrência (BOCs - referentes a adolescentes).


A operação Resguardo, aconteceu em nível nacional, numa ação demandada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. No balanço nacional, Minas registrou o maior efetivo envolvido na ação e também foi destaque no número de vítimas atendidas, prisões em flagrante e denúncias recebidas, liderando todos esses rankings.





O secretário da Sejusp, Rogério Greco, afirma que as forças de segurança estão unidas e preparam-se, cada vez mais, para o enfrentamento do crime de violência contra as mulheres, que ocorre principalmente dentro dos lares e, muitas vezes, envolve uma relação afetiva entre vítima e agressor.


“As mulheres precisam saber que os serviços das forças de segurança estão disponíveis para auxiliá-las. A operação Resguardo mostra que todos os órgãos estão trabalhando em prol disso. É importante que elas não se calem e denunciem qualquer tipo de violência”, observa o secretário.


Dois eventos marcaram o encerramento da operação, um em Uberaba, na Praça Rui Barbosa, área central da cidade do Triângulo Mineiro, e em Belo Horizonte, na Praça Diogo de Vasconcelos, a Savassi, Região Centro-Sul da capital.