Jornal Estado de Minas

TRIÂNGULO NORTE

Triângulo registra em 4 dias 20% do total de afogamentos de 2021

Em quatro dias, o Corpo de Bombeiros registrou o equivalente a 20% do total de todos os afogamentos ocorridos em 2021 no Triângulo Mineiro. Entre quinta-feira (3/3) e domingo (6/3), foram quatro casos do tipo, incluindo a morte de um adolescente 17 anos. Os militares consideram o número alarmante e chamam a atenção para os riscos de mananciais da região nesta época.




 
Em Uberlândia, houve três mortes, e, em Ituiutaba, foi registrada uma vítima. Entre janeiro e dezembro de 2021, houve 20 registros do tipo no 5º Batalhão de Bombeiros Militar, responsável pelo Triângulo Norte.
 
Os números deste início de ano se tornam ainda mais preocupantes com a soma de mais um afogamento em fevereiro deste ano na região. Isso eleva esse primeiro trimestre a 25% dos registros de afogado do último ano no 5º BBM.
 
“Esse é o período de maior registro de afogamentos do ano e só agora a chuva deu trégua e o calor intenso atrai banhistas a rios, córregos e cachoeiras da região”, disse o capitão dos bombeiros em Uberlândia, Haendell Costa. 




Quatro casos em quatro dias

Na última quinta, um homem de 50 anos morreu na cachoeira do Sucupira, em Uberlândia. Não se sabe como ele afundou no local, ao se afastar da margem.
 
Já sábado (5/3), também em Uberlândia um homem de 27 desapareceu ao submergir no Rio Araguari, próximo à rodovia BR-050, quando nadava entre a margem e um tablado. O corpo só foi encontrado na manhã do dia seguinte.
 
No mesmo dia, em Ituiutaba, um banhista de 55 anos morreu depois de entrar no rio da Prata, que está com o nível das águas mais alto que o normal. Ele teria sido arrastado.
 
No fim da tarde de domingo, a vitima mais jovem morreu na cachoeira do Bom Jardim, em Uberlândia. Ele estava com amigos quando afundou e não foi mais visto. O trabalho de resgate do corpo durou pelo menos duas horas. 

Cuidados

Em águas abertas, o conselho do Corpo de Bombeiros, é evitar o banho longe das margens, principalmente em ambientes desconhecidos. “A orientação (para locais como rios) é não  entrar, pois não há guarda-vida, não tem sinalização, tem corredeira, a água é turva muitas vezes e fica mais funda rapidamente em alguns metros de distância da margem”, disse o sargento dos bombeiros Elias Sousa.