Jornal Estado de Minas

PROTESTO

Manifestantes seguem rumo à Assembleia

Policiais e bombeiros militares que participam de manifestação contra o governo Zema deixam a Praça 7 e tomam a Avenida Amazonas, por onde seguem interrompendo completamente a pista de sentido Barro Preto e bloqueando os cruzamentos por onde passam



Lojas estão abertas, restaurantes têm mesas postas, mas só funcionários estão dentro dos estabelecimentos, observando tudo, uma vez que os caminhos dos clientes foram interrompidos. 


O destino final do protesto, que começou na Praça da Estação, é a Assembleia Legislativa. A categoria recebeu apoio dos comerciantes e do público que circula pelo Centro. Motoboys empurram suas motos dentro dos quarteirões fechados da praça para poder seguir. Carros estão sendo desviados pela PM de trânsito. Organizadores dizem que há 30 mil pessoas na manifestação.  

Movimento tem recebido apoio da população nas ruas de BH (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Policial do batalhão de Trânsito organiza o fluxo de veículos na Avenida Amazonas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


 

Entenda

Em 2020, o governador enviou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 1.451/20, que fazia recomposição de 41%, dividida em três parcelas, sendo 13% em julho de 2020, 12% em setembro de 2021 e 12% em setembro de 2022.

 

“Nesses últimos dias nós parlamentares e as entidades de classe temos tentado de todas as formas sensibilizar o governo, mas a paciência acabou. Sempre a mesma ladainha. Mesma chorumela. Dizem que precisam aderir ao regime de recuperação fiscal para poder dar a recomposição. Acabou paciência. Chega. Ou dão o reajuste prometido ou a segurança publica vai dar uma resposta à altura. Se não negociar a polícia vai parar”, disse o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) na manifestação.

 

Mais cedo, em entrevista à rádio Itatiaia, o secretário-geral de Governo, Mateus Simões, disse que o estado tenta estudar alternativas para solucionar o problema do reajuste.



“A gente reconhece que houve uma perda do poder de compra dos servidores como um todo, dos policiais especialmente, que não tiveram recomposição durante o mandato do último governador (Fernando Pimentel - PT). Mas, infelizmente, a questão não é o reconhecimento desse direito, é a falta de condições do estado diante das liminares do STF (Supremo Tribunal Federal) de conceder esse reajuste agora. Nós estamos atrás de alternativas. É absolutamente legítima a manifestação que vai acontecer hoje e este é um problema que tem tirado o sono de todos aqueles que fazem parte da cúpula do governo. Nós estamos buscando alternativas para entender como promover a recomposição da perda inflacionária, especialmente desse último ano em que a inflação foi muito severa”, disse.